Judeus são presos em Israel por festejarem morte de bebê palestino
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A polícia israelense anunciou nesta terça-feira (29) que quatro homens foram detidos por serem suspeitos de ter comemorado com outros extremistas judeus a morte de um bebê palestino, queimado vivo junto com seus pais em julho na Cisjordânia ocupada.
Esses suspeitos aparecem em um vídeo divulgado na última quarta-feira por uma rede de televisão israelense, que mostra jovens judeus ortodoxos dançando durante uma festa de casamento, com armas de fogo e um coquetel Molotov enquanto apontavam para uma foto de Ali Dawabshé.
O bebê de 18 meses morreu com seus pais em um incêndio criminoso de sua casa na aldeia de Duma, na Cisjordânia ocupada.
De toda a família apenas uma outra criança, de quatro anos, sobreviveu. Ele sofreu queimaduras muito graves e continua hospitalizado em Israel.
“Quatro pessoas foram detidas até agora”, afirmou à AFP o porta-voz da polícia, Micky Rosenfeld. “Amanhã (quarta-feira) comparecerão ao tribunal de Jerusalém”, acrescentou.
A divulgação dessas imagens, capturadas em sites de notícias e nas redes sociais causou comoção e relançou o debate sobre a violência judia em Israel.
“Essas imagens chocantes (…) mostram o verdadeiro rosto de um grupo que constitui um perigo para a sociedade israelense e para a segurança de Israel”, declarou o primeiro-ministro Benjamin Netanyahu.
Esse incêndio criminal em Duma chocou os palestinos e é considerado um dos deflagradores da atual onda de violência em Israel e os Territórios palestinos.
Com G1