Principais Jornais do Brasil deste domingo 25 de agosto

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25 de agosto de 2019

O Globo

Manchete : Taxa de homicídios cai em 21 estados e no DF

Inteligência, integração policial e trégua entre facções contribuíram para queda

Ações específicas de governos estaduais e fatores independentes de políticas públicas, como a trégua entre as duas maiores facções criminosas no país, são as principais razões para a redução no número de assassinatos desde 2018, informam MARCO GRILLO e ALINE RIBEIRO. De janeiro a abril, houve 20% menos mortes violentas intencionais em relação ao mesmo período de 2018, com queda de homicídios em 21 estados e no DF, revela primeira reportagem da série. Investimento em inteligência e integração entre as polícias contribuíram para a melhora dos índices. (PÁGINAS 16 e 17)

Força Nacional também será enviada à Amazônia

Começou ontem, por Rondônia, a operação militar de combate às queimadas na Amazônia, e outros cinco estados já tiveram ações autorizadas. Serão desbloqueados R$ 28 milhões e enviados às áreas agentes da Força Nacional, para reforçar a fiscalização contra o desmatamento. O presidente Bolsonaro afirmou que a situação “está indo para a normalidade”. (PÁGINA 45)

Setor agro fez Bolsonaro mudar o tom (PÁGINA 45)

Altamira: três fiscais e 2 mil focos de fogo (PÁGINA 48)

Macron fica isolado contra UE-Mercosul (PÁGINA 43)

Lucro voltou, mas incerteza ainda mina investimentos

Grandes empresas do país chegaram a 2019 com dinheiro para investir, após longo período de recessão e estagnação, mas enfrentam novos obstáculos. Empresários avaliam quais projetos tocar ou se devem fazer contratações diante das incertezas geradas pela guerra comercial entre EUA e China e das crises políticas no governo Bolsonaro. (PÁGINA 37)

Receita e PF temem prejuízo às investigações

Ameaças de intervenção de Bolsonaro geram mal-estar em órgãos como Receita, Coaf e Polícia Federal, que temem prejuízo às operações de combate à corrupção como a Lava-Jato, Zelotes e Greenfield. Categorias que antes viam com simpatia o presidente se mobilizam para conter as interferências. (PÁGINA 4)

Colunistas

ELIO GASPARI

Educatecas tiram estímulo a jovens alunos (PÁGINA 14)

DORRIT HARAZIM

Defesa do meio ambiente não dá voto (PÁGINA 3)

MERVAL PEREIRA

A fake news do presidente Bolsonaro (PÁGINA 2)

LAURO JARDIM

Vale remove famílias de casas de luxo (PÁGINA 6)

MÍRIAM LEITÃO

Para recuperar imagem, só há um método (PÁGINA 38)

ANCELMO GOIS

Papa vai engrossar luta pela Amazônia (PÁGINA 34)

BERNARDO MELLO FRANCO

Índios podem gerar outra crise (PÁGINA 3)

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O Estado de S. Paulo

Manchete : Mesmo com diploma, trabalhador aceita vaga menos qualificada

Dos 17,6 milhões com ensino superior no mercado, 5,2 milhões estão nessa situação

Pelo menos 30% dos trabalhadores brasileiros com ensino superior deixaram o diploma na gaveta nos últimos anos para exercer funções que não exigem formação universitária, segundo dados do IBGE. Análise da consultoria iDados mostra que, dos 17,6 milhões de trabalhadores formais ou informais graduados, 5,2 milhões estavam em empregos menos qualificados no trimestre encerrado em junho. Antes da recessão, em 2014, eram 3,2 milhões – e esse grupo tem crescido um ponto porcentual por ano. O problema é ainda maior entre os jovens: 34% dos que têm de 25 a 34 anos e ensino superior estão nessa situação. Em alguns casos, até há vagas. O desemprego de quem tem formação universitária, de 7% no segundo trimestre, é mais baixo do que o da média da população (12%), mas o excesso de mão de obra oferecida – com a concorrência entre profissionais experientes, recém-formados e desempregados com graduação – derruba os salários pagos. Para analistas, a reindustrialização da economia e a retomada de obras de infraestrutura poderiam aumentar a demanda por profissionais mais qualificados. (ECONOMIA / PÁGS. B1 e B3)

‘FOGO VEIO DE UMA VEZ. É UM PAVOR’

Índios do sul do Amazonas, como Antônio Tenharin (foto), achavam até sexta- feira que estavam livres do fogo que virou tema mundial. Agora, estão dentro da catástrofe. “Olha o que fizeram”, disse aos enviados especiais André Borges e Gabriela Biló. “Para que tudo isso? Por quê?” Os tenharins ocupam uma área da Amazônia onde desmatamento e grilagem afloram a olho nu e o fogo “brota do nada”. Com ventos fortes, labaredas avançam descontroladamente. “É um pavor para o nosso povo, faz nossas crianças ficarem doentes, mata animais.” Ontem, o governo ampliou o envio de tropas para tentar conter queimadas. No G-7, europeus se dividiram sobre risco ao acordo com Mercosul. (METRÓPOLE / PÁGS. A17 a A20)

STF arquiva 67% das ações ligadas à Odebrecht

Dos 80 procedimentos decorrentes da delação da Odebrecht que estão desde 2017 no STF, 54 foram arquivados por prescrição ou falta de provas, 24 tramitam e apenas dois resultaram em ação penal, mostra levantamento do Estado. (POLÍTICA / PÁG. A4)

‘Críticas que recebo têm muito machismo’

ENTREVISTA – Tabata Amaral, deputada (PDT-SP)

Parlamentar rebate críticas por ter votado a favor da reforma da Previdência e diz que partido precisava de um “bode expiatório”. (POLÍTICA / PÁG. A12)

Executivos fora do mundo digital perdem emprego

Altos executivos sem preparo para atuar no mundo digital estão sendo substituídos em grandes empresas, inclusive no Brasil. Em teste aplicado a 30 mil profissionais de 25 países, apenas 22% receberam avaliação positiva. (ECONOMIA / PÁG. B11)

Eliane Cantanhêde

Com erros e retrocessos, Bolsonaro pode virar o cabo eleitoral da volta da esquerda. (POLÍTICA / PÁG. A8)

Vera Magalhães

Desprezo a dados, gestão e retórica atabalhoadas estimulam a crise ambiental. (POLÍTICA / PÁG. A10)

Gustavo H. B. Franco

A insensatez não é um bom ambiente para mudança do modelo econômico. (ECONOMIA / PÁG. B4)

Notas&Informações

A defesa da soberania nacional

Em oito meses de governo, Jair Bolsonaro conseguiu arruinar a reputação do Brasil em uma das poucas áreas nas quais o País se destacava de maneira razoavelmente positiva. (PÁG. A3)

Manipulação da realidade

STF acertou ao reconhecer a competência da Justiça Eleitoral para julgar crime comum que tem conexão com crime eleitoral. (PÁG. A3)

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Folha de S. Paulo

Manchete : Maioria de leilões ficará para o fim do governo Bolsonaro

Modelo de concessões em infraestrutura sofre resistência de ministros do TCU

A maior parte do pacote de projetos em infraestrutura que o governo pretende oferecer a investidores privados deve estar pronta para ir a leilão apenas em 2021 e 2022, já no fim do mandato de Jair Bolsonaro (PSL). Esses empreendimentos, em sua maioria concessões de estradas, devem assegurar ao menos R$ 204 bilhões em investimentos. A injeção desses recursos é uma das apostas para reverter a estagnação da economia.

No entanto, há resistência de auditores e ministros do TCU ao modelo de negócio proposto pelo Executivo. É provável que a maioria dos projetos rodoviários atrase um ano em relação ao cronograma oficial. Uma das divergências é que a União pretende direcionar o certame de trechos de longa extensão a grandes grupos, e os técnicos do TCU defendem a divisão em lotes menores para não restringir a concorrência. (Mercado A25)

Falta de ação ambiental pode tirar bilhões da Amazônia

Além do Fundo Amazônia, paralisado após as críticas da gestão Jair Bolsonaro, outros convênios, condicionados à eficácia da preservação da floresta, podem fazer governos estaduais e municípios perderem verba. Mecanismo de mitigação regido pelo Acordo de Paris também está sob risco. (Ambiente A22)

Líderes europeus defendem manter acordo do Mercosul

O primeiro-ministro britânico, Boris Johnson, disse ser contra usar o acordo com o Mercosul como forma de punir o Brasil pelo aumento do desmatamento. Alemanha e Espanha adotaram a mesma linha, ao contrário de Ernmanuel Macron. (Mercado A20)

Redação