Conquistando experiências

Por - em 8 anos atrás 693

Comprar objetos externos de satisfação é um caminho fácil e talvez enganoso para obter felicidade.

E justamente por isto o mundo que o humano vem construindo passa a ser descrito como Sociedade de Consumo.

Quando Consumimos certos objetos externos de satisfação, ativam-se mecanismos químicos de recompensa e o cérebro conforta-se até certo ponto, porém a felicidade deste nível de consumo se dissipa rapidamente.

Neste aspecto, geralmente busca-se outros mecanismos de satisfação externa na tendência de repor diversas vezes esta pseudo-satisfarão. Desta forma geram-se ciclos repetitivos de vícios compensatórios denominados de “Mecanismo de Esteira Hedonista”.

Na prática antes que a sensação de prazer termine ou se conclua busca-se outro objeto externo na tentativa de “Perdurar a Satisfação”.

O pesquisador Norte Americano Thomas Gilovich descreve que “uma vida realmente significativa é aquela em que o consumo experimental está acima do consumo de objetos”.

As experiências da vida ao contrário dos produtos seguem em nossa memória como uma expansão da percepção de prazer, alegria e melhores expectativas existenciais.

As experiências não são coisas, não são objetos externos breves, são momentos e valores da pessoalidade que agregam o Romance Filosófico Analítico da Existência. Tornando a vida uma real experiência do que somos: Torna-se a existência em si mesmo.

Podemos tomar os seguintes motivos pelos quais isto ocorre:

  • Somos seres do Transcendente e do Imanente, ou seja, no íntimo o ser humano sente-se existente a partir das experiências do plano cartesiano e não dos objetos de consumo externo de satisfação momentânea renováveis.
  • Vivências são experiências transformadoras e geradoras da capacidade de explorar a parte mais nobre de cada um: Seu íntimo com suas reais motivações.
  • Conquistar experiências gera a cumplicidade consigo mesmo e amadurece, burila, resignifica o próprio motivo pelo qual se vive.
  • As lembranças de sentimentos e afetos provindos das experiências que se conquistam são revividos com capacidade ímpar de tornar feliz o momento que se passa no presente, assim, um passado feliz de conquistas daquilo que se experiência torna o momento atual mais significativo e belo.
  • Uma experiência é um momento, um tempo, uma singularidade e uma inspiração para própria capacidade de gerar Felicidade Espiritualista em Si Mesmo.

Experienciar a vida com toda uma característica peculiar de sua Temporalidade de Sujeito nos reporta a sensação intuitiva de Unicidade com o Cosmos.

Tibério Cesar Pessoa