Violência e outros problemas são lutas diárias enfrentadas por mulheres em JP; vídeo

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policia pbUma pesquisa feita pelo IBGE este ano sobre o perfil dos moradores de João Pessoa identificou que 54% da população pessoense é mulher. O Correio Manhã, ad TV Correio, reuniu um grupo de mulheres para refletir sobre os principais problemas da Capital, sob o ponto de vista feminino, quando a cidade faz 432 anos. 

“Você vê uma moto e já se apavora, fica ligada. Eu já fui vítima, e o que mais me constrange é que são crianças. Você é abordada por uma criança e isso me dói muito”, disse a jornalista Juline Barreto.

Outros problemas apontados pelas mulheres foram a falta de mobilidade urbana e a erosão na barreira do Cabo Branco. “É um lugar que a gente precisa pensar, porque quando a gente for falar sobre ela no futuro, pode ser que a situação já esteja um pouco diferente. É um problema urgente que tá caminhando a passos de tartaruga por diversas questões, política, enfim”, reclamou uma das entrevistadas.

Insegurança

Dados do governo da Paraíba mostram que, só este ano, 146 homicídios dolosos foram registrados, que são aqueles que ocorrem quando há intenção de matar, na capital paraibana. Os assaltos também chamam a atenção.

“No caso de crimes, o que estamos verificando é que eles estão vinculados às drogas. Além disso, há outras explicações e teses que vinculam a questão econômica. É bem verdade que quando a crise financeira se instala, o desemprego aumenta e surge o furto famélico, ou seja, aquelas pessoas que vão furtar para sua sobrevivência. A outra explicação que muitas vezes se dá é a questão da ausência do policiamento nas ruas”, explicou o consultor de segurança Hamilton Cordeiro.

Trânsito

Mais de 350 mil veículos, sendo 200 mil carros: dirigir pelas ruas de João Pessoa nos horários de pico virou teste de paciência. “A cidade é pequena para muitos carros”, disse um dos motoristas à TV Correio.

Os poderes públicos tentam solucionar a questão da mobilidade urbana com a construção de viadutos, por exemplo, mas a quantidade de obras parece não acompanhar o número crescente de veículos.

Nas paradas de ônibus, o caos se reflete na espera pelo transporte coletivo. “Tem horas que a gente passa 40 minutos na parada, e quando o ônibus vem, vem lotado, ou então o motorista não para”, reclamou um passageiro.

A cidade de João Pessoa completa neste sábado (5) 432 anos, com problemas, mas com o povo esperançoso de que, no futuro, a cidade vai estar melhor. “Eu sou apaixonada por João Pessoa, apesar de não ser pessoense. Cheguei aqui com 5 anos de idade, então eu tenho um carinho muito grande pela cidade”, disse a comerciante Nélia Carvalho.

Redação com Correio