Kim Jong-un faz alerta sobre ‘grave situação’ da economia norte-coreana

Por - em 30 dez 19 4 anos atrás 412

O líder norte-coreano, Kim Jong-un, advertiu altos funcionários do seu partido sobre a “grave situação” que a economia do país enfrenta e pediu a adoção de medidas urgentes, informou a agência oficial KCNA.

Os comentários foram feitos durante o 2º dia de uma reunião de alto nível do partido e divulgados nesta segunda-feira (30), quando a sessão plenária dos líderes do partido entraria no terceiro dia. Essa é a primeira vez desde 1990 que dura mais de 48 horas.

O encontro acontece pouco antes do fim do prazo estabelecido pela Coreia do Norte para que o governo dos Estados Unidos mude sua postura nas negociações sobre a questão nuclear. Pyongyang deu até o fim do ano para que Washington suspenda sanções econômicas contra o país em troca do desmantelamento do seu programa nuclear.

Kim, que presidiu a reunião do partido, declarou que chegou o momento de uma “mudança decisiva” no desenvolvimento econômico do país e estabeleceu “tarefas para corrigir de maneira urgente a grave situação dos principais setores industriais da economia nacional”.

Pyongyang não publica estatísticas econômicas próprias, o que deixa as estimativas externas como os únicos dados disponíveis sobre seu desempenho.

Em julho, o Banco Central da Coreia do Sul calculou que a economia norte-coreana, afetada por sanções, registrou queda de 4,1% em 2018, na maior retração desde a fome devastadora da década de 1990.

Negociações com os EUA

As negociações sobre a desnuclearização da península coreana estão paralisadas em grande parte desde que a segunda reunião de cúpula entre Kim e o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, terminou em fracasso no início do ano em Hanói.

Os líderes não entraram em acordo sobre a retirada das sanções contra a Coreia do Norte, como resultado do fim dos testes nucleares e de mísseis do país.

China e Rússia, os principais sócios econômicos da Coreia do Norte, desejam um alívio das sanções impostas pela ONU ao programa de armas nucleares do país.

Redação