Felipão ainda mira pontuação de segurança na Série B e pede reflexão ao Cruzeiro para 2021

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A cada rodada que passa, o Cruzeiro fica mais distante do sonho do retorno à Série A do Campeonato Brasileiro. O fato desanimador, desta vez, foi a derrota por 2 a 1 para a Ponte Preta, de virada, em Campinas, na noite dessa terça-feira. Luiz Felipe Scolari, oficialmente, ainda não fala em planejamento para 2021. Quer, primeiro, garantir a equipe na Série B, já que a briga quando ele chegou era contra o rebaixamento.

A distância para o G-4 (objetivo no início da competição) ao fim da 31ª rodada poderia ser de seis pontos, em função do tropeço do Juventude diante do Operário. Com a derrota em Campinas, o Cruzeiro seguiu com 40, a nove do time gaúcho. É hora, então, de começar a planejar 2021 com o time na Série B?

Felipão diz que antes de esse assunto ser tratado, o Cruzeiro precisa chegar aos pontos necessários para garantir permanência na segunda divisão. Nas contas dele, como dito em outras entrevistas, 43/44 pontos dão segurança.

– Tenho que resolver a minha parte dentro de campo, e a minha parte nós temos conversado sobre algumas situações, mas, em primeiro lugar, precisamos conversar sobre a situação atual. A situação atual ainda nos preocupa, e vamos esperar ter uma situação definitiva de conversa, de acerto e de detalhes, quando estivermos com os pontos garantido pelo menos para a permanência na Série B.Ponte Preta x Cruzeiro, 31ª rodada Série B — Foto: Álvaro Jr/ PontePress

Apesar do discurso de ainda pensar em 2020, Felipão diz, tratando o resultado contra a Ponte Preta como desanimador, que é preciso fazer uma reflexão do que será feito em 2021.

– Nós estamos trabalhando todos os dias para termos detalhes de uma equipe futura melhor do que estamos hoje. (O resultado) É desanimador? Claro que é desanimador para todo mundo. Não só para vocês, para o torcedor, mas para os jogadores e para o técnico, principalmente.

“Temos que fazer uma reflexão, em todos os sentidos, para saber o que realmente nós vamos fazer com o Cruzeiro no ano que vem e o que pode fazer, em razão de tudo isso que aconteceu este ano”

Sobre a derrota para a Ponte

O Cruzeiro saiu na frente muito rápido, aos 10 minutos, com Manoel. Depois, pouco incomodou o goleiro adversário. Também sofreu pouco, mas teve duas falhas que não foram perdoadas pela Ponte.

Felipão foi questionado se o estilo de jogo reativo, sem volume, seria o máximo possível de ser apresentado com o atual elenco. Preferiu não levar para este lado, admitindo apenas as dificuldades no duelo em Campinas.

– Hoje, sim. Outro dia, não. Outro dia estivemos melhores, em algumas outras oportunidades estivemos em situação melhor, criando mais, mas hoje foi isso que aconteceu. A gente tem perdido os jogos em questões de detalhes, de posicionamento, atenção, que não estamos tendo em determinados lances, e pagamos um preço mais caro.

Felipão também foi questionado se o “pecado” da equipe foi não ter tentado liquidar o jogo quando vencia por 1 a 0. O discurso adotado pelo treinador foi mais direcionado a elogiar o time da Ponte do que a criticar o Cruzeiro. Segundo ele, a explicação sobre os erros tem que ser dada aos jogadores, mostrando o que é necessário evoluir.

– Nós pecamos, porque tínhamos 11 adversários do outro lado, também. Eles também fazem o jogo tentando ganhar, se colocam em situações que não nos dão oportunidades, e nós perdemos. Não adianta eu tentar procurar explicar a vocês, eu tenho que procurar explicar aos jogadores, melhorar a situação dos meus atletas, para que a gente possa ter atuações como já tivemos.

“Não é que nós jogamos com a bola debaixo do braço… nós queremos fazer dois ou três gols, mas a questão é nós não conseguimos e, além de não ter conseguido, o adversário também tem jogadores que nos colocam nesta situação”

Ainda sobre a postura reativa da equipe e falando também sobre ter modificado a equipe apenas após os gols da Ponte Preta, Felipão disse que, se é preciso achar um culpado pelo resultado, o culpado foi ele.

– A minha intenção era ganhar o jogo. Não ganhamos. O resultado não foi o esperado e, então, perdemos e temos que achar um culpado. O culpado fui eu. Não troquei, não fiz isso, não fiz aquilo, o culpado fui eu.

Redação com G1