Senado inclui quadrilhas juninas como manifestação da cultura naciona

Por Redação - em 4 semanas atrás 36

O governo argentino suspendeu nesta terça-feira (21) as contas nas redes sociais e sites de meios de comunicação públicos no âmbito de um processo de “reorganização” com o “objetivo de melhorar (…) o conteúdo gerado”, em uma medida acusada de “censura” pela categoria. A medida inclui a Televisión Pública, a Radio Nacional e todas suas emissoras afiliadas, o canal educativo Encuentro e o canal infantil Paka Paka. De acordo com comunicado de Diego Martín Chaher, interventor da mídia pública nomeado pelo governo, “somente o gerente de mídia digital e institucional” será responsável pela administração das redes da Televisão Pública e da Rádio Nacional. “Foi tomada a decisão de pausar temporariamente todos os conteúdos das redes sociais e sites dos meios de comunicação públicos”, segundo um comunicado publicado em todas as contas dos veículos estatais nas plataformas digitais.

Esta é mais uma medida do governo do presidente Javier Milei contra a imprensa estatal, a qual o ultradireitista acusa de ser um instrumento “de propaganda” e que incluiu em um projeto de lei de privatização. A medida começou a valer à meia-noite desta terça-feira. “Todo tipo de transmissão e/ou veiculação de conteúdo em redes sociais está suspenso até que se estabeleçam as mudanças de critérios”, acrescentou o comunicado. A mensagem que aparece nos sites descritos é idêntica à publicada em março no site da “Télam”, a agência de notícias estatal que foi fechada pelo governo porque, de acordo com ele, “foi usada nas últimas décadas como uma agência de propaganda kirchnerista”.

O Sindicato de Imprensa de Buenos Aires (Sipreba) emitiu um comunicado no qual rejeita “o silenciamento das redes sociais de ambos os meios de comunicação (Radio Nacional e Televisión Pública) e acusou a medida de “censura e intimidação que se soma ao silenciamento da Télam”, agência de notícias do Estado cujo Executivo anunciou a suspensão em março. Agustín Lecchi, secretário do Sindicato da Imprensa de Buenos Aires (SiPreBA), declarou, acrescentando que isso aprofunda o “esvaziamento” da mídia pública, um processo que começou com as medidas tomadas pelo Executivo sobre a “Télam”. “Eles não estão interessados na reestruturação, não estão interessados na situação financeira de cada um desses órgãos, e alguns eram lucrativos e tinham uma boa situação econômica. A única coisa que lhes interessa é destruir, eles estão atacando seu papel social e é por isso que atacaram as corresponsabilidades da “Télam” e das estações da “Rádio Nacional”, e agora estão atacando seu poder de alcançar as redes sociais”, comentou.

Além da suspensão, o governo também cortou o pagamento de horas extras e feriados na Radio Nacional, o que fez com que as 49 emissoras do interior do país tivessem que suspender a programação dos finais de semana e transmitir os programas de Buenos Aires. Em funcionamento desde 1937, a rádio pública na Argentina possui uma das poucas emissoras bicontinentais do mundo, a de Río Grande na Ilha Grande da Terra do Fogo (sul), que também pode ser ouvida em parte da Antártida, nas Ilhas Malvinas e nas Ilhas do Atlântico Sul. A Televisión Pública, por sua vez, começou a ser transmitida em 1951 e foi a primeira emissora televisiva da Argentina.

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