Jornais do Brasil nesta Segunda Feira 21 de dezembro

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jornais21 de dezembro de 2015

O Globo

Manchete : Antes da posse, Barbosa já tenta acalmar investidores

Indústria represou R$ 74,5 bilhões em investimentos desde 2014

Em dois anos de crise, setores siderúrgico, petroquímico, eletroeletrônico e sucroalcooleiro, que respondem por 20% do PIB, suspenderam novos projetos. Rebaixamento do país e processo de impeachment complicam cenário

O novo ministro da Fazenda, Nelson Barbosa, tentará acalmar os mercados financeiros hoje antes mesmo de sua posse, marcada para as 17h no Palácio do Planalto. Ele fará uma conferência, por telefone, com investidores nacionais e estrangeiros. A troca no Ministério da Fazenda e a recente perda da chancela de bom pagador pelo Brasil por agências de classificação de risco são apontadas como novos fatores de incertezas por empresários. Desde o ano passado, a recessão e a crise política fizeram as empresas brasileiras suspenderem R$ 74,5 bilhões em investimentos apenas nos setores petroquímico, siderúrgico, eletroeletrônico e sucroalcooleiro. (Págs. 19 e 20)

No discurso, prioridade no fiscal

As primeiras declarações de Nelson Barbosa após ser anunciado novo ministro da Fazenda foram sob medida para tentar resgatar a confiança dos investidores: ele citou 29 vezes a palavra fiscal, e mencionou em 13 ocasiões o termo crescimento. (Pág. 20)

Falta de recursos – Ensino integral prejudicado

Pesquisa da Fundação Joaquim Nabuco aponta que 14% das escolas que recebem recursos do programa Mais Educação, para o ensino em tempo integral, interromperam as atividades por causa da falta de repasses do governo federal. O Ministério da Educação diz que não analisou o estudo. (Pág. 7)

UPAs do estado entram em colapso

Com médicos em greve devido a salários atrasados e sem medicamentos, pelo menos 15 das 29 UPAs estaduais apresentam problemas no atendimento. (Pág. 10)

PSDB aposta em ações no TSE (Pág. 3)

Míriam Leitão

Vale quer que multa de R$ 20 bilhões por dano ambiental após tragédia de Mariana (MG) seja negociada com MP (Pág. 6)

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O Estado de S. Paulo

Manchete : Corregedoria da polícia é acusada de cobrar ‘mensalão’

Ministério Público de SP investiga cobrança de até R$ 50 mil por mês para proteger policiais corruptos

O Ministério Público Estadual (MPE) investiga a existência de um “mensalão” pago por policiais corruptos à Corregedoria da Polícia Civil de São Paulo. Segundo as investigações, corregedores venderiam proteção aos homens que deveriam investigar e prender. Em troca de até R$ 50 mil por mês, os corregedores informavam a delegacias e departamentos da Polícia Civil o planejamento de operações do Ministério Público e o recebimento de denúncias feitas por vítimas de extorsões de policiais. A principal prova do inquérito é um vídeo em que promotores de Justiça são enganados por policiais civis para permitir a fuga de dois investigadores acusados de corrupção, informa Alexandre Hisayasu. O secretário de Segurança Pública, Alexandre de Moraes, informou que pediu providências sobre os fatos à Delegacia Geral, na quarta-feira. Por enquanto, ninguém foi afastado. (Metrópole/A13 a A15)

Testemunha sob proteção

Sob proteção, o policial que é uma das principais peças da investigação sobre o suposto mensalão da Corregedoria da Polícia Civil disse a promotores que a propina era entregue ao chefe dos investigadores. (A15)

Debate sobre o impeachment deve voltar ao Supremo

A oposição quer alterar o regimento da Câmara dos Deputados para viabilizar as candidaturas avulsas na comissão que analisará o pedido de impeachment da presidente Dilma Rousseff. Com o movimento, espera contornar as restrições impostas pelo Supremo Tribunal Federal (STF), que definiu o rito do processo na semana passada. O governo e o PT vão recorrer ao Supremo contra a iniciativa. (Política/A4)

Argentina vai pagar dívida com brasileiros

O presidente do Banco Central argentino, Federico Sturzenegger, disse que até julho será paga a dívida de US$ 5 bilhões das empresas importadoras
de seu país. Cerca de 80% do débito é com exportadores brasileiros. (Economia/B4)

Promotoria quer pena maior para Azeredo (Política/A9)

Na Bolsa, uma perda de R$ 150 bilhões

As empresas de capital aberto perderam R$ 150 bilhões em valor de mercado este ano. Com a queda de 12,2% na Bolsa, as companhias valem o mesmo hoje do que em 2009. Mas o balanço do ano registra algumas exceções. Ações de exportadores de celulose, por exemplo, subiram mais de 60%. (Negócios)

Finanças pessoais

Apesar da forte alta do dólar, produto eletrônico comprado nos Estados Unidos chega a custar até 50% menos do que no Brasil. (B8)

José Roberto de Toledo

Férias brasilienses – Na política e no futebol, não se ganha na véspera. O jogo está suspenso, e os jogadores estão se lixando para quem empobrece ao largo do campo (Política/A6)

José Goldemberg

A Conferência do Clima – Os compromissos apresentados pelo Brasil em Paris não foram acompanhados por propostas concretas e confiáveis (Espaço Aberto/A2)

Notas&Informações

Palavras que voam – Honestidade não é mérito. Não cabe, portanto, Dilma gabar-se de cumprir essa obrigação (A3)

Corrupção generalizada – Com o PT, a corrupção deixou de ser ocasional para se consolidar como método de governo (A3)

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Zero Hora

Manchete : Contra desconfiança, Barbosa abraça ajuste

Sem estabilidade, crescimento não vai se sustentar, diz ministro agora

STF autoriza quebra de sigilo de Renan Calheiros

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Folha de S. Paulo

Manchete : Na Câmara, 42% apoiam e 31% rejeitam impeachment

27% dos deputados não se definiram ou não responderam, aponta Datafolha

Hoje há mais deputados decididos a votar a favor do impeachment da presidente Dilma Rousseff do que os que se dizem contrários ao afastamento dela, aponta pesquisa Datafolha. Nenhum dos lados, no entanto, reúne os votos suficientes para sair vencedor. A decisão caberá a 27% dos deputados (138 parlamentares), que não se definiram ou não responderam. No levantamento, realizado entre os dias 7 e 18 de dezembro, 42% dos parlamentares afirmaram que são favoráveis ao afastamento, o equivalente a 215 votos. Para o impeachment passar na Câmara, são necessários 342 votos, ou dois terços do total — faltam 127 votos. Do outro lado da disputa, 31% dos deputados disseram que votariam contra o impeachment, o que corresponde a 159 votos pró-Dilma, que precisa de 171. Este é o segundo levantamento do tipo que o Datafolha faz na Câmara. No primeiro (de 19 a 28 de agosto), 39% eram a favor do impeachment e 32%, contra. Caso a Câmara aprove a abertura do impeachment, caberá ao Senado decidir se ele seguirá adiante. (Poder A4)

Antes da posse, Barbosa vai tentar acalmar os mercados

Antes de assumir o cargo, hoje, o novo ministro da Fazenda, Nelson Barbosa, fará conferência telefônica com investidores nacionais e estrangeiros para tentar acalmar o mercado e repetir que manterá o ajuste fiscal. Barbosa quer manter o secretário do Tesouro de Levy, Marcelo Saintive, informa o Painel. (Folhainvest a17 e Poder a4)

Entrevista : Aécio Neves – Michel Temer foi parceiro de um governo que arruinou o país

O senador Aécio Neves (MG), presidente nacional do PSDB, afirma que os tucanos não devem “nem sequer pensar em cargos” em um eventual governo Michel Temer (PMDB). A fala tenta frear acenos de membros de sua sigla ao peemedebista. “Com a participação do PMDB, a máquina pública vem sendo degradada, ocupada, assaltada por várias forças partidárias.” (A16)

Del Nero doou R$1,3 mi a três de suas mulheres

O presidente licenciado da CBF, Marco Polo Del Nero, doou R$ 1,3 milhão à sua ex-mulher e a duas ex-namoradas, aponta órgão de fiscalização federal. A modelo Carolina Galan foi a que mais recebeu, informa Sérgio Rangel. (Esporte B2)

Celso Rocha Barros

Ajuste agora virá carimbado por estrela vermelha – Nelson Barbosa não é um corpo estranho à esquerda. Seu ajuste terá uma estrela vermelha carimbada, para o bem e para o mal. Sua nomeação amarra de vez o PT ao governo. Acabou o “Viva Dilma, Fora Levy”. (Poder A8)

Editoriais

Leia “Regras de expressão”, sobre Lei do Direito de Resposta, e “Vítimas colombianas”, acerca de acordo de paz entre guerrilha das Farc e governo. (Opinião A2).

Redação com Radiobrás