Jornais do Brasil nesse Domingo 31 de Julho

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31 de julho de 2016

O Globo

Manchete : PT já não acredita na volta de Dilma

Para cúpula do partido, impeachment é inevitável

Embora evitem admitir em público, dirigentes petistas dizem que não há mobilização para virar votos no Senado; prioridade é superar desgaste da Lava-Jato

Descrente de que obterá os votos necessários para evitar no Senado o impeachment da presidente afastada, Dilma Rousseff, a cúpula do PT está mais preocupada em superar o desgaste causado pela Operação Lava-Jato, para que o partido sobreviva politicamente até as eleições de 2018, relatam FERNANDA KRAKOVICS e JEFERSON RIBEIRO. “Não tem mobilização”, afirma um integrante do comando da legenda sobre o clima interno em relação ao julgamento, previsto para terminar em setembro. Esse distanciamento é percebido em declarações do ex-presidente Lula que, num de seus últimos discursos, criticou Dilma por ter feito desonerações que favoreceram empresários, enquanto promovia um ajuste fiscal que puniu os menos favorecidos. A presidente afastada, por sua vez, diz que cabe ao PT, e não a ela, explicar as denúncias de caixa dois em sua campanha. (Pág. 3)

Julgamento será concluído até 2 de setembro

O julgamento do impeachment de Dilma começará em 29 de agosto e terminará até 2 de setembro, segundo cronograma definido pelo presidente do STF, que comanda o processo. (Pág. 4)

Economia emite primeiros sinais de retomada

Mesmo tímidos, sinais de que o pior da crise econômica já passou começam a surgir em indicadores de confiança e emprego e setores como o imobiliário e o de eletrônicos. (Pág. 27)

Colunas

LAURO JARDIM – Em delação, Carioca entrega provas contra Cabral (Pág. 2)

MERVAL PEREIRA – Desafio do país é encontrar novos líderes (Pág. 4)

ELIO GASPARI – Supremo mostra que transparência não é seu forte (Pág. 7)

MARCELO CALERO – É urgente reconectar o MinC à sociedade (Pág. 15)

MÍRIAM LEITÃO – Olimpíada do Rio já deixou um legado para os cariocas (Pág. 26)

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O Estado de S. Paulo

Manchete : Rodrigo Maia lança Temer candidato à reeleição em 2018

Presidente da Câmara diz que, se impeachment de Dilma passar, peemedebista estará na disputa querendo ou não

O presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), defende que Michel Temer dispute a reeleição em 2018. E já fez até uma previsão na entrevista a Luiz Maklouf Carvalho: “Se o Michel for confirmado presidente e o governo chegar a 50% de ótimo e bom, ele é que será o candidato do nosso campo, quer queira, quer não”. Em caso de disputa no segundo turno entre Temer e o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, Maia aposta que o peemedebista vencerá. Apesar de Temer ter declarado que não será candidato e de outros aliados estarem se preparando para a disputa, o deputado acredita que, se o presidente em exercício “estiver muito bem”, “o caminho natural é que os partidos da base construam o pedido para que ele possa continuar”. “Sei que ele vai brigar comigo por estar dizendo isso, mas, olhando o cenário de hoje e projetando 2018, o Michel vai ter dificuldade em negar esse pleito.” (Política A4 e A6)

Casa de deputado

Rodrigo Maia diz ser contra apartamentos funcionais – imóveis cedidos a deputados de fora de Brasília. “Seria mais produtivo se cada deputado pudesse se virar, alugando apartamento
ou morando em hotel.” (Pág. 6)

Imposto sobe se aposentadoria não mudar, diz Previdência

Sem endurecimento nas regras de concessão de aposentadoria no Brasil, a carga tributária terá de crescer 10% do PIB para pagar os benefícios previdenciários. Em valores de hoje, seria um acréscimo de R$ 600 bilhões a um total de impostos e contribuições pagos que já ultrapassou a casa dos R$ 2 trilhões. Mesmo assim, o rombo continuaria do mesmo tamanho, alerta o secretário da Previdência, Marcelo Caetano. (Economia B1)

PMDB oficializa chapa Marta-Matarazzo (Política A10)

Notas&Informações

O peso das imagens de Dilma e Lula – Presença de ambos no palanque já não é desejável por petistas (A3)

O desemprego ainda avança – Não há sinal de melhora, embora o humor de empresários e consumidores esteja menos sombrio (A3)

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Folha de S. Paulo

Manchete : Esporte teme que a crise agrave fuga de patrocínio pós-Jogos

Correios e Petrobras podem cortar repasses; 89% dos atletas da delegação brasileira são apoiados por estatais

A iminência da chegada da Olimpíada ao Brasil fez com que empresas privadas e estatais abrissem os cofres para investimento no esporte, mas dirigentes e atletas temem que a crise econômica acentue a usual redução de patrocínio pós-Jogos. Neste ciclo 2012-2016, as cinco maiores companhias brasileiras injetaram cerca de R$ 650 milhões no setor. Segundo levantamento da Folha, 89% dos atletas que estão na delegação olímpica brasileira disseram receber ajuda de empresas públicas. Os recursos são parte do esforço para tentar a atingir meta estabelecida pelo Comitê Olímpico do Brasil de que a delegação termine entre as dez primeiras colocadas, pelo total de pódios. O problema é o pós-Olimpíada. O caso mais grave é o dos Correios, que teve prejuízo de R$ 2,1 bilhões em 2015. A sinalização é a de que em 2017 o repasse pode acabar. A Petrobras registrou perda de R$ 35 bilhões no ano passado. O esporte consumiu R$ 52 milhões neste ciclo e o apoio será revisado. Banco do Brasil e Furnas manterão patrocínios; a Caixa não decidiu. (Rio 2016 B1)

Delator relata suborno pago pelo comando da Embraer

Em acordo de delação, um funcionário da Embraer disse a procuradores do Rio que a cúpula da empresa subornou um agente público da República Dominicana entre 2008 e 2009. O caso foi descoberto pelo Departamento de Justiça dos Estados Unidos. O repasse de US$ 3,5 milhões ocorreu, segundo o funcionário, durante negociações da venda de oito aeronaves para o país. A Embraer disse colaborar com as investigações e não quis comentar por não ser parte do processo. (mercado pág. 1)

Telegramas revelam viagens luxuosas de Temer como vice (Poder a8)

Aliados já discutem chances de interino se candidatar à reeleição em 2018 (Poder a4)

Megaprojeto da Vale vai elevar produção em 30%

O maior projeto de mineração da história da Vale, em floresta no Pará e de grande impacto ambiental, pode entrar em operação neste ano. A mina vai elevar em 30% a produção da companhia até 2020. (Mercado pág. 3)

50% das mortes nas estradas de SP estão em só 5% da malha

Metade das 6.222 mortes nas estradas paulistas nos últimos três anos se concentra em 5% da malha rodoviária estadual. Mesmo considerando o maior fluxo de veículos nesses locais, em geral trechos urbanos, especialistas debatem reincidência de acidentes. (Cotidiano B13)

Editoriais

Leia “A mosca azul”, acerca de perspectivas da economia brasileira, e “Trump, risco mundial”, sobre eleição presidencial nos Estados Unidos. (Opinião a2).

Redação