Ricardo critica ausência de ministro e cobra responsabilidade de bancos

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Governadores segurançaA responsabilidade dos bancos nos ataques a agências bancárias, separação da população carcerária, investimento na educação e humanização das unidades de medidas socioeducativas, maior atenção ao combate as drogas foram algumas das medidas propostas e defendidas pelo governador Ricardo Coutinho durante encontro dos governadores dos nove estados do Nordeste, que estão reunidos em Teresina hoje para discutir uma forma conjunta de lidar com a segurança pública, e tratar dos tipos de financiamentos do governo federal para a área.

Ao fim da reunião será produzido um documento, a Carta de Teresina, em que os governadores vão delimitar as propostas para apresentar ao governo federal.

Para Ricardo, o sistema financeiro tem que ser responsabilizado nos casos de crimes contra as agências bancárias e caixas eletrônicos. “A polícia não pode se transformar em guardiã do patrimônio privado”, disse o governador, que questionou a instalação de agências quando os próprios bancos não conseguem guardar “aquilo que eles ganham dinheiro dos outros” para fazer.

O governador classificou a segurança como o maior drama que o país enfrenta, por sua complexidade. Ele disse que é necessária a integração das forças de segurança dos estados para combater o crime organizado. “Num país cheio de fronteiras como o Brasil é impossível controlar o nível de violência porque os grupos organizados não respeitam divisas”, afirmou.

Para Ricardo, além da integração entre as forças de segurança dos estados, é preciso uma participação maior da União no combate ao crime organizado. “O Brasil não produz um grama de cocaína, tudo entra pela fronteira. A guarda de fronteira tinha que ser a União”, defendeu .

Ausência do ministro foi criticada

Em seu pronunciamento, o governador criticou a ausência do ministro da Segurança Raul Jungmann no encontro. A presença de Jungmann, segundo Ricardo, era uma “obrigação”. “Eu viria a força. Eu estari aqui para poder, inclusive, aprender”, disse Ricardo.

Redação