Livânia Farias assumiu contar tudo e entregar os integrantes da ORCRIM para não ser recolhida novamente à prisão

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A ex-secretária de Estado da Administração, Livânia Farias, poderá cumprir pena máxima de oito anos de reclusão em prisão domiciliar, sendo quatro no regime semiaberto e quatro no aberto, sem a necessidade do uso da tornozeleira eletrônica. Ou seja, Livânia assumiu o compromisso de contar tudo que sabe e entregar provas e os cabeças para da Organização Criminosa que desviou R$ 134 milhões de recursos da saúde da Paraíba.

Livânia Farias, que chegou a pensar cometer suicídio, decidiu fazer a delação e um dos que foram entregues por ela foi o ex-governador Ricardo Coutinho, que segundo o Ministério Público comandava as operações de desvio de dinheiro durante os 8 anos de seu governo, e a quem Livânia revela ter entregue, pessoalmente, cerca de R$ 4 milhões, em espécie.

É o que consta no Termo de Acordo de Colaboração Premiada firmado entre a denunciada da Operação Calvário e o Ministério Público da Paraíba (MPPB).

O documento foi assinado no dia 24 de julho de 2019, mas só no último sábado (18) passou a circular na imprensa paraibana.

No acordo de colaboração premiada, o MPPB propõe ainda o perdão judicial ao ex-marido de Livânia, Elvis Rodrigues Farias, e à amiga dela, Maria Aparecida de Oliveira.

Eles são suspeitos de terem lavado dinheiro público na compra de um imóvel no município de Sousa.

Com Edmilson Pereira