Com reabertura de shoppings, ruas do Brás, no Centro de SP, registram filas, aglomeração e congestionamento

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A reabertura dos shoppings populares no Centro de São Paulo provocou filas, aglomerações e congestionamento em vias do Brás logo nas primeiras horas da manhã desta quinta (11). As ruas estavam lotadas de pessoas e comerciantes ambulantes.

Nas vias, o movimento é similar ao registrado em épocas de final de ano. A diferença é que a maioria dos comerciantes e compradores está usando máscara.

Os centros de compras foram autorizados pela Prefeitura de São Paulo a operar das 6h às 10h. Os estabelecimentos abriram as portas com controle de fluxo, medição de temperatura e túnel de desinfecção.

Protocolos

O shoppings da capital paulista foram liberados para reabrir a partir de quinta-feira (11) após mais de 80 dias fechados, entretanto, terão que cumprir novas regras de funcionamento devido a pandemia de coronavírus.

Com o objetivo de manter o distanciamento social, o protocolo que estabelece as regras do setor determina que os shoppings poderão atender apenas 20% de sua capacidade habitual e funcionarão 4 horas por dia, das 6h às 10h ou das 16h às 20h. O documento também recomenda ainda que os shoppings orientem os clientes a fazerem suas compras sem acompanhantes para evitar aglomeração.

Ainda, de acordo com o protocolo, festas de reabertura não são permitidas. Em Blumenau, no estado de Santa Catarina, a reinauguração do shopping gerou uma grande aglomeração.

Os cinemas, entretenimento, atividades para crianças, salões de beleza e academias permanecem fechados. No caso dos restaurantes, a praça de alimentação não reabrirá, entretanto, os estabelecimentos poderão funcionar pelo sistema de delivery ou retirada.

Os shopping deverão orientar filas e demarcar o piso para que os clientes mantenham uma distância de 1,5 metro, além disso, nas passagens de grande fluxo recomenda-se que seja colocada uma sinalização para que os consumidores passem pelo local em um fluxo único. A quantidade de pessoas nos elevadores também será limitada.

Os shoppings também deverão controlar o fluxo de acesso aos sanitários para que não haja aglomeração em filas. Além disso, as áreas do estacionamento serão reduzidas e as entradas e saídas serão ajustadas para coordenar o fluxo. O serviço de valet se manterá suspenso.

Além de evitar a aglomeração de pessoas, o protocolo também estabelece outras medidas de combate ao coronavírus, como o uso obrigatório de máscaras por funcionários e clientes, a disponibilização de álcool em gel 70% em local visível e de fácil acesso e a aferição de temperatura. Sempre que possível, portas permanecerão abertas para evitar o manuseio de fechaduras e privilegiar a ventilação natural.

O documento ainda determina que alguns colaboradores estão impedidos de retornar as suas atividades, são eles: pertencentes ao grupo de risco; ou que tiveram contato com pacientes infectados ou com suspeita do Covid-19 nos últimos 7 dias; ou que tenham sintomas sugestivos de estarem contaminados pela doença. Caso o empregado possua filhos incapazes e que, para cumprir o expediente, dependa do funcionamento de creches ou escolas que ainda não tenham retomado as atividades, o protocolo estabelece que o empregador deverá entrar em acordo com o funcionário para encontrar uma alternativa viável.

Reabertura do comércio

Nesta quarta-feira (10) lojas de rua e imobiliárias da capital paulista foram autorizadas a reabrirem pelo período de quatro horas. A região do Brás, no Centro de São Paulo, registrou filas e aglomerações horas antes da abertura dos estabelecimentos.

Na sexta-feira (5) o município autorizou a reabertura de escritórios e de concessionárias de veículos. Os estabelecimentos também devem seguir protocolos de higiene e podem funcionar apenas 4 horas por dia com 20% da sua capacidade.

Redação