Bolsonaro chama de ‘absurdo dos absurdos’ decisão do STF que permitiu fechamento de igrejas

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O presidente Jair Bolsonaro voltou a criticar medidas que restringem a circulação de pessoas a exemplo do fecha tudo e fica em casa. Bolsonaro chamou de “absurdo dos absurdos” a decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) que autorizou estados e municípios a fecharem igrejas e templos durante a pandemia. O presidente deixou o Palácio da Alvorada no fim da manhã e circulou por Brasília.

— Lamento os superpoderes que o Supremo Tribunal Federal deu a governadores e prefeitos, para fechar inclusive salas, igrejas, de cultos religiosos. É um absurdo dos absurdos. Artigo quinto da Constituição. Não vale o artigo quinto da Constituição, não está valendo mais. Está valendo o decreto do governador — disse o presidente, durante visita a São Sebastião, uma região administrativa do Distrito Federal.

Também estavam na caminhada por Brasília, o ministro da Casa Civil, Luiz Eduardo Ramos, além de assessores e seguranças.

O presidente defendeu a reabertura do comércio “com as devidas medidas de saúde”.

— Essa política não está dando certo, e a gente espera que essas pessoas, em especial governadores, não são todos, tenham a consciência de abrir o comércio, com as devidas medidas de saúde, para que voltem a trabalhar — disse, acrescentando depois: — A política do fique em casa, fecha o comércio, está errada. O povo tem que trabalhar.

Mais tarde, ao retornar para o Palácio da Alvorada, Bolsonaro voltou a criticar a decisão do ministro Luís Roberto Barroso, do Supremo Tribunal Federal (STF), de determinar a abertura de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para investigar omissões do governo federal durante a pandemia.

O presidente disse que foi uma “interferência” de Barroso. Questionado se concorda com a iniciativa do senador Carlos Viana (PSD-MG) de propor uma investigação contra o ministro, Bolsonaro disse que é uma questão do Senado, mas ressaltou que “a lei nasceu para todos”.

— Não vou dar opinião sobre isso daí, isso é o Senado que decide. Conheço o Carlos Viana, gosto dele. Agora, a lei nasceu para todos. Interferência, lamentavelmente, existe ainda por parte do Supremo Tribunal Federal. Teve no meu governo, muito. Agora, teve uma no Senado. No meu entender, isso é interna corporis, feijão com arroz lá do Senado. Não tem que fica se metendo em tudo.

Redação com G1

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