Alexandre de Moraes ordena o bloqueio do aplicativo Telegram em todo o país

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O ministro Alexandre de Morais, do Superior Tribunal Federal (STF), ordenou na tarde desta sexta-feira (18), o bloqueio do aplicativo de troca de mensagens Telegram. Ele alega que o aplicativo não coopera com as autoridades judiciais e policiais de diversos países.

Na decisão, Moraes argumentou que o aplicativo Telegram “é notoriamente conhecido por sua postura de não cooperar com autoridades judiciais e policiais de diversos países, inclusive colocando essa situação não colaborativa como uma vantagem em relação a outros aplicativos de comunicação, o que torna um terreno livre para proliferação de diversos conteúdos, inclusive com repercussão na área criminal”.

O ministro Alexandre Moraes determinou ainda que os provedores de internet utilizem métodos que impeçam a utilização do App no Brasil. Caso a medida não seja obedecida será cobrada uma multa diária no valor de R$ 100 mil.

“Inadmissível”

O presidente Jair Bolsonaro (PL) afirmou nesta sexta-feira, 18, que a decisão do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), de bloquear o aplicativo de mensagens Telegram no Brasil é “inadmissível”. Segundo o mandatário, a decisão do magistrado afeta “70 milhões de pessoas” que utilizam o programa para “fazer negócios, se comunicar com a família e para lazer”. De acordo com o comandante do Planalto, trata-se de uma “decisão monocrática” após não conseguir “atingir duas ou três pessoas”. “Olha as consequências de uma decisão monocrática de um ministro do Supremo Tribunal Federal. É inadmissível uma decisão dessa natureza. Ele atinge 70 milhões de pessoas, podendo causar óbitos no Brasil por falta de um contato paciente-médico”. O chefe do Executivo se posicionou em relação a decisão de Moraes durante um discurso para a comunidade evangélica no Acre.

Parlamentares Contrário

Parlamentares foram às redes sociais nesta sexta-feira, 18, para se posicionar contra o bloqueio do Telegram no Brasil e criticar a decisão do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF). A deputada federal Carla Zambelli (PL-SP) disse que o aplicativo de mensagens era “a única ferramenta na qual temos liberdade de expressão”. “Sequer conto com imunidade parlamentar para que minhas palavras alcancem a profundidade da minha revolta”, escreveu em sua conta do Twitter. A deputada federal Bia Kicis (União Brasil-DF) ressaltou que a decisão vai prejudicar usuários que utilizam a plataforma para fazer comércio. “O Brasil é um país inseguro para investir e viver”, afirmou. O deputado Carlos Jordy (PL-RJ) também se manifestou e classificou a suspensão do Telegram como censura. “Depois de inquéritos inconstitucionais, prisões ilegais e agora censura a mídias sociais. O Brasil já é oficialmente uma ditadura judicial!”, opinou.

Redação

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