Fluminense aplica goleada de 10 x 1, mas sofre com a dor da eliminação na Bolívia

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Cano chuta para marcar em Petrolero 1 x 10 Fluminense — Foto: MARCELO GONCALVES/FLUMINENSE FCCom o retrospecto recente de desafiar a matemática quando muitos julgavam “impossível”, o Fluminense viveu uma noite daquelas contra o Oriente Petrolero, no Estádio El Tahuichi, na Bolívia, pela última rodada da fase de grupos da Sul-Americana. Nem mesmo o torcedor mais otimista imaginaria uma vitória tão elástica como o 10 a 1, que acabou entrando para a história como a maior goleada da competição.

Não por duvidar da camisa tricolor, que traz consigo a redenção de 2009 para o título de 2010 entre tantos outros feitos. Mas a lógica já dizia que não dava para o time avançar para as oitavas de final da Sul-Americana tendo que vencer por seis gols de diferença e ainda torcendo por um empate no outro jogo da chave entre Junior Barranquilla e Unión Santa Fe, na Colômbia. E realmente não deu.

É até difícil analisar o que aconteceu na Bolívia pelo fato de que o time realmente caiu lutando, sem se entregar e batalhou para outra vez ludibriar o “improvável”.

A postura contra o Oriente Petrolero foi impecável desde os primeiros minutos. Marcar seis gols. Repito: SEIS GOLS no primeiro tempo em um jogo de classificação foi espetacular.Matheus Martins comemorando gol pelo Fluminense — Foto: Marcelo Gonçalves/Fluminense

Os destaques positivos, além de todo o coletivo, foram os três gols de Cano, a partida genial de Jhon Arias e o brilho de Matheus Martins, que pediu passagem como nova estrela de Xerém.

Mas nada muda o fato de que a eliminação já estava escrita. Não só pela surpreendente goleada do Unión Santa Fe em cima do Junior Barranquilla por 4 a 0, dentro do Estádio Metropolitano Roberto Meléndez. Mas pelo que o Fluminense apresentou ao longo da fase de grupos, principalmente nos jogos contra o time argentino, em que não conseguiu marcar gols e teve atuações ruins.

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A goleada histórica, a maior do clube neste século, acaba mascarando – de forma indevida – que o Fluminense foi eliminado em pouco mais de dois meses em duas competições da Conmebol – já tinha caído na Pré-Libertadores em março.

É fato que o time iniciou o ano com o planejamento de ao menos repetir a campanha internacional feita no ano passado, quando foi eliminado nas quartas pelo Barcelona de Guayaquil, e encerrou as participações em competições da Conmebol em 2022 com despedidas muito precoces.

Mas o adeus na Sul-Americana se diferencia do que aconteceu na Pré-Libertadores por um fator: o espírito no último jogo. Se tivesse atuado assim contra o Olimpia, estaria na fase de grupos da Libertadores. Se tivesse atuado assim nos dois jogos contra o Unión, teria avançado para as oitavas da Sul-Americana.

Como “se” não entra em campo, uma goleada com gosto frustrante como esta ao menos gera confiança – principalmente às vésperas de um clássico. E no mínimo traz a recordação que não importa a fase, não importa o elenco, não importa o quanto a matemática não ajude: não dá para duvidar jamais do Fluminense.

Sem tempo para lamentar a eliminação, o Fluminense enfrenta o Flamengo, no próximo domingo, às 18h, no Maracanã, pela 8ª rodada do Campeonato Brasileiro. O Tricolor busca manter a invencibilidade contra o rival, que já dura mais de um ano.

Redação

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