Justiça condena a prisão Pietro Harley, exposto no ‘escândalo dos livros’, e esposa do empresário e prima denunciadas por ocultação de bens

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O juiz Fabrício Meira Macêdo, da 3ª Vara Criminal de Campina Grande, condenou três réus da Operação Calvário por lavagem de dinheiro e ocultação de bens e mandou que eles devolvam R$ 348 mil aos cofres públicos do Estado da Paraíba. Foram condenados Pietro Harley Dantas Félix, Camila Gabriella Dias Toledo Farias e Luiza Daniela de Tolêdo Araújo.

Pietro Harley é empresário, esposo de Camila Toledo. Luiza Daniela é prima de Camila. Ele é apontado como uma das principais personalidades do “escândalo dos livros”, no qual foi acusado de envolvimento em fraudede licitação.

Pietro, a esposa e a prima dela foram denunciados pelo Gaeco (Grupo de Atuação Especial Contra o Crime Organizado) do Ministério Público da Paraíba (MPPB), no âmbito da Operação Calvário, que investiga desvios de recursos públicos na educação e saúde do Estado da Paraíba, na gestão do ex-governador Ricardo Coutinho.

Pietro e o ‘escândalo dos livros’

O início da denúncia remete a 2010, no que ficou conhecido como o ”escândalo dos livros”. Na época, o dono da empresa New Life Distribuição de Livros, Daniel Cosme Guimarães Gonçalves, denunciou ter sido vítima de um golpe, após ter nomeado Pietro Harley Dantas Félix para representá-lo em pregão da Secretaria de Educação de João Pessoa. Após vencer o pregão e entregar os livros, a empresa afirmou que nunca recebeu os quase R$ 2,3 milhões referentes ao contrato, que teriam ficado com Pietro, em um golpe que pode ter sido facilitado pela prefeitura, que na época era gerida por Ricardo Coutinho.

De acordo com reportagem veiculada na época, e usada na investigação do Grupo de Atuação Especial Contra o Crime Organizado (Gaeco), Pietro Harley era amigo e frequentador do gabinete de Coriolano Coutinho, irmão do então prefeito e ocupante do cargo de superintendente da Autarquia Especial de Limpeza Urbana de João Pessoa (Emlur).

Após o escândalo dos livros ser revelado na imprensa, Pietro Harley e Coriolano Coutinho teriam criado uma empresa fantasma para continuar vendendo livros em contratos fraudulentos. A empresa participou de diversos processos licitatórios, com valores que chegavam a mais de R$ 6 milhões por contrato.

Com ClickPB

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