Lula e Macron anunciam programa que pretende investir R$ 5 bilhões na Amazônia

Por *Com informações da AFP - em 1 mês atrás 33

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva lançou, nesta terça-feira (26), juntamente com Emmanuel Macron, presidente da França, um plano que busca arrecadar mais de R$ 5 bilhões para investir em projetos de economia sustentável na Amazônia Legal e na Guiana Francesa. O anúncio ocorreu no início de uma visita de três dias do presidente francês ao Brasil, que, em um gesto simbólico, se encontrou com Lula em Belém, capital do Pará, que sediará a COP30 contra a mudança climática em 2025. Os dois presidentes subiram em uma embarcação que os levou até a ilha do Combu para uma visita a uma microempresa de produção sustentável de cacau, um exemplo de bioeconomia.

Segundo o plano de ação anunciado nesta terça, França e Brasil pretendem arrecadar “1 bilhão de euros [R$ 5,38 bilhões] de investimento público e privado nos próximos quatro anos”. A ideia é combinar a “conservação e gestão sustentável das florestas” com a “valorização econômica” de seus territórios, colocando os “povos indígenas e as comunidades locais no centro das decisões”, acrescenta o documento. Lula fez da luta contra o desmatamento na Amazônia uma prioridade de seu terceiro mandato. O desmatamento caiu pela metade em 2023 em relação ao ano anterior. A maior floresta tropical do planeta desempenha um papel-chave na luta contra as mudanças climáticas, ao absorver emissões de dióxido de carbono. O Brasil detém 60% da floresta amazônica, que também se estende por Colômbia, Equador, Bolívia, Venezuela, Guiana, Suriname e Guiana Francesa.

Paris vê Brasília como uma ponte com as “grandes economias emergentes”, cujas vozes os brasileiros tentam convergir em sua atual presidência do G20 das economias avançadas e do grupo Brics+.

Submarinos e Ucrânia

Em matéria de defesa, França e Brasil cooperam na fabricação de quatro submarinos de propulsão clássica e o terceiro deles, chamado ‘Tonelero’, será inaugurado na quarta-feira pelos dois líderes na base naval de Itaguaí, no estado do Rio de Janeiro. O acordo, confiado ao Naval Group, prevê também a construção de um quinto submarino, de propulsão nuclear, que vai integrar a frota brasileira, mas até o momento sem prever a transferência de tecnologia francesa referente ao reator.

Outros assuntos serão mais complexos, Macron também insistirá que a guerra na Ucrânia seja discutida este ano no G20. Mas Lula, que causou desconforto ao defender uma política de não isolamento da Rússia, tem sido evasivo até agora. Lula e Macron concluirão esta visita com um encontro na quinta-feira no Palácio do Planalto, em Brasília.

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