Jornais do Brasil nesse Domingo 17 de Janeiro

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17 de janeiro de 2016

O Globo

Manchete : Montadoras param 50% das linhas de produção

Ociosidade é a maior em 25 anos, mesmo após R$ 16 bilhões em subsídios

Corte pode atingir 40 mil operários. Um quarto da indústria usa no máximo 60% da capacidade

Mesmo depois de acumular R$ 16 bilhões em subsídios em cinco anos, a indústria automotiva opera com metade da capacidade, no pior momento em 25 anos, informam CÁSSIA ALMEIDA e JOÃO SORIMA NETO.

E o quadro tende a piorar em 2016, quando o setor deve registrar o quarto ano seguido de queda nas vendas. A crise põe em risco o emprego de mais de 40 mil trabalhadores. O desempenho das montadoras já contamina outros segmentos, como máquinas industriais, metalurgia e produtos de metal, que operam com, no máximo, 60% da capacidade. Junto com o setor automotivo, representam 1/4 da indústria do país. (Pág. 29 e 30)

OAS trocou favores por dinheiro

Mensagens interceptadas pela Lava-Jato revelam que o empreiteiro Léo Pinheiro, ex-presidente da OAS, distribuía dinheiro a políticos em troca de favores e discutia com autoridades projetos de interesse da construtora. (Pág. 3)

FERNANDO GABEIRA

É preciso não se perder no mar de denúncias. (Segundo Caderno)

Bebê dos EUA tem microcefalia

Um bebê nascido no Havaí, nos EUA, foi diagnosticado com microcefalia após a mãe, que esteve no Brasil em 2015, no início da gravidez, ter contraído zika. (Pág. 16)

Entrevista/Nelson Barbosa

Tabela do IR sem correção

O governo não tem dinheiro para corrigir a tabela do Imposto de Renda este ano, afirmou o ministro da Fazenda, Nelson Barbosa, a MARTHA BECK, ELIANE OLIVEIRA E BÁRBARA NASCIMENTO. (Pág. 31)

Colunistas

Lauro Jardim

O déficit da Previ em 2015 foi de R$ 13 bilhões. (Pág. 2)

Elio Gaspari

A Olimpíada de Matemática e o Brasil que dá certo. (Pág. 9)
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O Estado de S. Paulo

Manchete : PP desviou R$ 358 milhões da Petrobrás, diz Janot

Em denúncia contra o deputado federal Nelson Meurer, procurador-geral diz que partido lesou estatal por 9 anos

O procurador-geral da República, Rodrigo Janot, afirmou que o esquema de corrupção sustentado pelo PP na Petrobrás – que tinha como principais operadores o ex-diretor de Abastecimento Paulo Roberto Costa e o doleiro Alberto Youssef – desviou R$ 357,94 milhões dos cofres da estatal entre 2006 e 2014. A soma está descrita na denúncia apresentada pela Operação Lava Jato contra o deputado federal Nelson Meurer (PP-PR) – primeiro político com mandato da legenda a ser alvo de acusação. Segundo a denúncia, doações oficiais para a legenda ocultaram o pagamento de propina. Conforme o Ministério Público Federal, PT, PMDB e PP agiam como controladores de áreas estratégicas da Petrobrás e beneficiários diretos dos desvios. Por meio do controle de cada uma das diretorias, cobravam de 1% a 3% de propina em grandes contratos, em conluio com empreiteiras. (Política / A4)

Preso e com auxílio-moradia

O senador Delcídio Amaral (PT-MS), preso em novembro por suspeita de envolvimento na Operação Lava Jato, manteve seu gabinete em funcionamento e continua recebendo auxílio-moradia de R$ 5.500. (Pág. A5)

Após Levy, presidente do Banco Central vira alvo do PT

Afetado pela Operação Lava Jato e sob cerco político, o PT está à procura de uma alternativa para enfrentar sua mais grave crise, que ameaça o governo. A aposta para este ano eleitoral reside em uma guinada na economia. Mas, se a taxa básica de juros, hoje em 14,25%, voltar a subir, o presidente do Banco Central, Alexandre Tombini, virará para o PT uma espécie de “Joaquim Levy”, que caiu em dezembro. (Política/A6)

Potencial de concessões é de 20% do previsto

O governo quer destravar o leilão de 21 concessões na área de transporte este ano, com investimento de R$70 bilhões em aeroportos, portos, rodovias e ferrovias. Mas, para especialistas, o potencial é de R$ 13 bilhões, 20% do previsto. (Economia B1)

Para MPL, qualquer apoio vale

Sem apoio de massa, o Movimento Passe Livre aceita qualquer tipo de apoio para engrossar suas manifestações. De black blocs a partidos políticos, como Psol, PSTU e PCdoB, passando por sindicatos, todos levam suas bandeiras aos atos sem concordar obrigatoriamente com a principal causa do movimento, a tarifa zero das passagens de ônibus. Cada grupo ocupa seu espaço nos atos. Vitor dos Santos, uma das “figuras públicas” do MPL, explica a relação com os black blocs: “A gente não vai ficar controlando a ação das pessoas uma a uma. É uma população que está com raiva.” (Metrópole 18)

Para analistas, decreto de Maduro é ineficiente

Na opinião de analistas e especialistas, o decreto de Emergência Econômica publicado na sexta-feira pelo presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, que abre brechas para intervenção estatal em empresas privadas, é insuficiente para responder às necessidades do país, abre um estado de exceção na área econômica e vai no sentido contrário às necessidades financeiras venezuelanas. (Internacional 10)

Angra espelha a crise da Petrobrás (Economia B7)

Dora Kramer

Mãos atadas – Fragilidade política obriga Dilma a sancionar verba quase bilionária para o Fundo Partidário, quando a crise impõe corte na área social (Política A6)

Notas&Informações

Manifesto irrefletido – Documento de advogados da Lava Jato é libelo acusatório – sem provas – contra instituições (Pág. 3)

A verdadeira face do MPL – Está mais do que na hora de fazer cair a máscara de movimento pacífico, que o MPL espertamente carrega (Pág. 3)

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Folha de S. Paulo

Manchete : Irã cumpre pacto nuclear e sanções são revogadas

Depois de mais de 30 anos, potências suspendem restrições econômicas

Após a Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA) confirmar que o Irã cumpriu a sua parte no acordo nuclear assinado em julho de 2015, os Estados Unidos e a União Europeia anunciaram a revogação das sanções que foram impostas ao país persa durante mais de 30 anos. Horas antes do comunicado, o Irã havia libertado quatro americanos em troca de sete iranianos presos ou indiciados nos EUA. Livre das sanções, o Irã recuperará acesso a US$100 bilhões em bens congelados no exterior e terá mais facilidade para exportar petróleo, seu principal produto. Além disso, poderá se beneficiar de novas oportunidades comerciais e financeiras com os demais países. Em troca, Teerã concordou em desmantelar programas que poderiam ser usados para fabricar armas atômicas e colocar várias atividades sob a supervisão da AIEA por 15 anos. Caso o Irã venha a descumprir seus compromissos, as punições poderão ser aplicadas novamente. “O acordo nuclear passa de promessa ambiciosa para uma ação direta”, afirmou o secretário de Estado dos EUA, John Kerry. (A14)

Preço de petróleo deve cair mais com volta do Irã ao mercado (A22)
EUA têm primeiro caso de microcefalia por zika

O Havaí confirmou o primeiro caso de microcefalia relacionada ao vírus zika registrado nos Estados Unidos. A mãe da criança viveu no Brasil em 2015, quando pode ter sofrido infecção. Na sexta (15), o governo americano emitiu alerta para que mulheres grávidas evitem viajar ao Brasil e outros 13 países da América Latina e Caribe onde há transmissão do vírus. (Cotidiano B8)

Lava Jato mira em partidos e comunicação da Petrobras

A força-tarefa de procuradores da Lava Jato estabeleceu como metas para este ano responsabilizar partidos cujos integrantes atuaram no esquema de corrupção na Petrobras e investigar a área de comunicação da estatal. O grupo deve apresentar também as primeiras ações em que acusam executivos de formação de cartel. Iniciadas em 2009,as apurações devem durar ao menos mais três anos graças ao estoque de indícios. (Poder A4)

Cunha diz que Procuradoria age com Dilma para acusá-lo

Investigado na Lava Jato e alvo de ação que pede seu afastamento do cargo, o presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB), diz que as denúncias contra ele recebem“ tratamento diferenciado” para “disfarçar a situação de outras pessoas”. Em entrevista à Folha, ele afirma que o procurador-geral da República, Rodrigo Janot, age como “militante” do governo Dilma Rousseff (PT). “Eles atuam muito em conjunto.” (Poder A6 e A7)

Janio de Freitas

É preciso investigar supostos excessos do caso petrolão (Poder A10)

Editoriais (Opinião A2)

Leia “E não se move”, a cerca de piora da economia brasileira, e “Buraco na base”, a respeito de problemas na elaboração do currículo nacional.

Redação