Jornais do Brasil nessa Segunda Feira 18 de Janeiro

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18 de janeiro de 2016

O Globo

Manchete : No Rio, oito das dez OSs da saúde são investigadas

Auditorias detectaram compras com sobrepreços de até 508%

Em São Paulo, onde as Organizações Sociais foram implantadas há 18 anos, o modelo é considerado eficiente

Entre as dez Organizações Sociais (OSs) que administram unidades de saúde no município do Rio, oito estão sob investigação do Ministério Público ou são alvo de ações na Justiça, relatam ANTÔNIO WERNECK e ELENILCE BOTTARI. As irregularidades incluem compras com sobrepreços de até 508% e cobranças por serviços não prestados. As OSs receberão da prefeitura neste ano 38,8% do orçamento da saúde. Em São Paulo, o sistema funciona com eficiência desde 1998, sendo responsável por metade da rede estadual. (Págs. 6 e 7)

Samarco ergueu barragem sem ter projeto executivo

O Ministério Público de Minas verificou que a Samarco obteve autorização para construir a barragem de Fundão, que rompeu em novembro, sem apresentar projeto executivo. Segundo o MP, o processo de licenciamento foi decisivo para a tragédia. As informações foram reveladas pelo “Fantástico”. (Pág. 4)

Mais prazo no crédito consignado

Diante da queda na renda das famílias, os bancos estão alongando o prazo de pagamento dos empréstimos com desconto em folha. O objetivo é baixar as prestações. Alguns dão até dez anos para a dívida ser quitada. (Pág. 15)

Sem transplante, menino morre

Gabriel, de 12 anos, que deixou de receber coração doado por falta de avião da FAB para transportar o órgão, morreu sexta-feira, em Brasília (Pág. 5)
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O Estado de S. Paulo

Manchete : Estados usam depósitos judiciais para fechar contas

Governadores gastaram R$ 17 bi de recursos de disputas jurídicas; PGR vê ameaça a direito de propriedade

Para tentar reduzir rombos fiscais em 2015, pelo menos 11 dos 27 governadores sacaram R$ 16,9 bilhões de depósitos judiciais para pagar dívida com a União, precatórios e até aposentadorias de servidores, conforme levantamento em Tribunais de Justiça e governos. O montante representa cerca de 13% dos recursos que os tribunais estaduais tinham sob custódia até o fim de 2014, segundo dados do Conselho Nacional de Justiça. Os depósitos judiciais são formados por recursos de governos, empresas ou pessoas físicas envolvidos em litígios que envolvem pagamentos, multas ou indenizações. O dinheiro fica sob administração da Justiça até decisão final sobre a legalidade e volume do pagamento. Para a Procuradoria- Geral da República, o repasse de depósitos judiciais a governos ameaça o direito de propriedade, já que há dinheiro de cidadãos e empresas envolvidos em disputas. (Política / A4)

Procuradores repudiam manifesto contra Lava Jato

A Associação Nacional dos Procuradores da República repudiou, em nota, manifesto de um grupo de advogados com críticas à Operação Lava Jato divulgado na semana passada. Para a entidade, é um ataque “à atuação do Ministério Público Federal e da Justiça”. “A Lava Jato atende aos anseios de uma sociedade cansada de presenciar uma cultura da
impunidade.” (Política / A6)

‘Brincadeira de mau gosto’

Para o promotor Roberto Livianu, os ataques à Operação Lava Jato partem de quem defende cidadãos que cometeram graves violações contra o patrimônio público. (Direto da Fonte / C2)

Problemas no eSocial

Depois de início conturbado, o eSocial continua a dar problemas. O empregador não consegue informar o desligamento de funcionário. A saída tem sido recorrer a um contador (Pág. B6)
Falta de avião mata paciente de transplante (Metrópole/A15)

Em dois dias, a água de um mês

Somente nos dois últimos dias, o Sistema Cantareira recebeu 18% mais água do que em todo o mês de janeiro de 2015 e já está com 9,4% de seu volume útil. Com a vazão recorde, a Represa Jaguari-Jacareí saiu ontem do volume morto. O racionamento da Sabesp poupou o equivalente a 27% do Cantareira no ano passado. (Metrópole/A14)

José Roberto de Toledo

Pessimismo em alta – Se na comparação mundial o Brasil deixou de ser um dos países mais otimistas, é indisfarçável o rápido crescimento do pessimismo. (Política/A7)

Notas&Informações

A verdade do impeachment – Dilma deu bons motivos jurídicos e políticos para o seu afastamento pelo Congresso. (Pág. A3)

A sombria prévia do PIB – Longe de ser fenômeno conjuntural, a recessão iniciada em 2014 reflete deficiências estruturais. (Pág. A3)

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Folha de S. Paulo

Manchete : Empréstimos a empresas recuam ao nível de 2004

Queda nas vendas, falta de confiança e juros altos reduzem volume de crédito

Os financiamentos liberados para empresas recuaram ao menor patamar em mais de dez anos, quando só começava o mais recente ciclo de expansão no crédito. Entre os motivos estão a queda nas vendas e a alta nos estoques, além da falta de confiança para novos investimentos diante da crise. Também pesaram a Operação Lava Jato, com a desestruturação dos setores de óleo e gás e de infraestrutura, e o aumento dos juros. O agronegócio e os segmentos voltados à exportação foram preservados. Até novembro de 2015, os bancos concederam R$ 1,332 trilhão em empréstimos a empresas com juros de mercado (excluídos BNDES e demais linhas subsidiadas), segundo o Banco Central. Mesmo se dezembro surpreender, o total não deve superar o R$ 1,525 trilhão de 2005. Já em 2004, o volume ficou em R$ 1,378 (valores atualizados). (Folhainvest a13)

Paciente ganha 9 em cada 10 ações contra convênio

Um estudo da USP aponta que 92,4% das decisões judiciais de segunda instância contra planos de saúde da cidade de São Paulo favoreceram o paciente. A exclusão de cobertura foi a principal causa das demandas. Cirurgias e tratamentos para câncer são os procedimentos mais vetados pelos convênios. As operadoras de saúde dizem que muitos pedidos não estão previstos em contratos ou na lei que rege o mercado. (Cotidiano B3)

Entrevista da 2a. Marina Silva – País deveria dar prioridade a processo contra Dilma no TSE

A ex-senadora e ex-ministra do Meio Ambiente Marina Silva, 57, afirma preferir que a crise política se resolva na Justiça Eleitoral, e não pela via do impeachment. À Folha a ex-candidata ao Planalto não descarta nova disputa, mas diz que ser presidente não é seu “objetivo de vida”. (Pág. 12)

Somadas, penas de 13 delatores da Lava Jato não chegam a 7 anos

Condenados a penas que, somadas, superam 274 anos de reclusão, 13 delatores da Lava Jato não passarão, juntos, mais do que 6 anos e 11 meses em regime fechado.A redução do tempo de encarceramento decorre dos acordos de delação firmados. Os dados foram levantados pela Folha com base no balanço da operação, divulgado pelo juiz Sergio Moro no fim de 2015. (Poder a4)

Ações da Petrobras derretem e viram aposta de risco

As ações da Petrobras, que já foram as mais populares entre pequenos investidores, derretem desde 2014, afetadas pela queda no preço do petróleo e pelo esquema de corrupção na estatal. Os papéis preferenciais recuaram 69%. Apesar de baratas, as ações não são boa opção, segundo analistas, porque a estatal reduziu investimentos e poderá ter produção e receitas menores. (Mercado a15)

Editoriais

Leia “Agora são 30 centavos”, a respeito do reajuste das tarifas de ônibus e metrô, e “Vitória sobre o ebola”, acerca de fim da epidemia da doença. (Opinião a2).

Redação