Jornais do Brasil nesta Quarta Feira 20 de Janeiro

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20 de janeiro de 2016

O Globo

Manchete : Como dirigente da Caixa, ex-ministro atuou pela OAS

Em outra frente, Geddel Vieira Lima cobrava doações, revelam mensagens

Peemedebista nega irregularidades e diz que ‘fazia com todos’ os grandes empresários

Mensagens em poder da Lava-Jato revelam que Geddel Vieira Lima (PMDB), ministro no governo Lula e um dos vice-presidentes da Caixa na primeira gestão Dilma, atuou em diversas frentes para atender a interesses da empreiteira OAS em negócios públicos, relata VINICIUS SASSINE. E cobrava do então presidente da empresa, Léo Pinheiro, recursos para campanha eleitoral. Na Caixa, trabalhou para liberar repasses para a OAS. Pinheiro agradeceu: “Amigo, acabou de entrar o recurso da CEF na conta. Um abraço e muito obrigado.” Geddel admitiu ter atendido a pedidos, mas disse ter sido “às claras”. “Era um grande empresário. Fazia com todos.” (Pág. 3)

‘Agora, estou liberado’

Preso, o senador Delcídio se diz indignado com o PT e com o ex-presidente Lula, que, alega, o abandonaram, relata EVANDRO ÉBOLI. (Pág. 4)

Merval Pereira – Denúncias tiram de Renan as condições políticas para derrotar Temer e comandar o PMDB (Pág. 4)

Elio Gaspari – Marina reapresenta a confusão retórica que contribuiu para a sua derrota (Pág. 20)

BC dá sinais contraditórios sobre juros

Comentário de Tombini sobre projeções pessimistas do FMI para o Brasil leva mercado a rever alta da Selic

O presidente do Banco Central, Alexandre Tombini, abandonou ontem a tradição de silêncio durante os dias de reunião do Copom e afirmou que serão levadas em conta na definição da taxa Selic as projeções do FMI para a economia brasileira, de queda de 3,5% este ano e estagnação em 2017. Para o mercado, o comentário foi na contramão do discurso da diretoria do BC. Agora, em vez de alta de 0,5 ponto percentual, analistas esperam 0,25 ou mesmo manutenção dos juros hoje. (Págs. 23 a 25)

Míriam Leitão – BC muda de opinião em dia de encontro do Copom (Pág. 24)

Rio fará devassa em benefícios de tribunais

Em crise financeira, o governo Pezão vai propor uma Lei de Responsabilidade do estado que inclui, além de cortes de gastos, uma devassa nas aposentadorias da Alerj, do Ministério Público e dos tribunais de Contas e de Justiça. O estado espera economizar R$ 450 milhões em benefícios que seriam pagos indevidamente. No Executivo já houve cortes, segundo o governador. (Pág. 12)

Governo Dilma dará milhões para clubes (Pág. 34)

‘Aedes’ avança no Rio – Casos de dengue aumentam 202%

Os casos suspeitos de dengue no Estado do Rio dispararam em uma semana. De acordo com boletim epidemiológico da Secretaria de Saúde, o total passou de 661 para 2.002, um aumento de 202%. Na capital, já foram 283 casos. (Pág. 13)

Cresce rejeição a mais impostos

Entidades de representação nacional, como a OAB e as confederações das indústrias e do transporte, disseram que “falta legitimidade” à presidente Dilma para propor aumento de impostos por ter se esquivado do tema na campanha. (Pág. 5)

Morte de Campos – FAB: erro de piloto derrubou avião

A FAB concluiu que erros dos pilotos e fatores como cansaço e mau tempo foram algumas das causas da queda do avião que matou Eduardo Campos, candidato a presidente em 2014. A família contesta. (Pág. 6)

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O Estado de S. Paulo

Manchete : BC muda discurso sobre juros e agrada ao Planalto

Analistas revisam aposta na alta da Selic após nota de Tombini; governo e PT pressionam Banco Central

O mercado revisou para baixo sua projeção de aumento da taxa básica de juros depois que o presidente do Banco Central (BC), Alexandre Tombini, divulgou uma carta, alertando sobre a piora nas previsões do FMI para a economia brasileira. Para Tombini, as novas informações serão levadas em consideração na decisão sobre os juros, que será anunciada hoje pelo Comitê de Política Monetária. Analistas trabalhavam, até ontem, com um possível aumento de 0,50 ponto porcentual na Selic, hoje em 14,25% ao ano. Agora, as apostas são de aumento de 0,25 ponto. Segundo auxiliares da presidente Dilma Rousseff, a declaração agradou ao Palácio do Planalto, que tem dúvidas sobre a eficácia da alta de juros no combate à inflação. No PT, o comentário foi visto como um sinal de que pode haver uma reorientação da política monetária. (Economia/B1 e B3)

‘BC estrangula economia’ – Nobel de Economia, Joseph Stiglitz disse ao Broadcast que a política monetária deveria se contrapor ao colapso do preço das exportações e à corrupção. (Pág. B4)

Celso Ming

Banco prepara virada – Se a reunião decidir por alta de juros inferior a 0,5 ponto, tomarão força as suspeitas de que Tombini foi convencido por Dilma a mudar posição (B2)

Adriana Fernandes

Espaço para especulação – O comunicado do BC quebra, de alguma forma, o protocolo e o ritual criados pelo própria autoridade monetária em torno do Copom (B3)

PIB do Brasil afeta previsão do FMI para crescimento global

O FMI prevê que o PIB do Brasil vai encolher 3,5% este ano, o pior desempenho entre as principais economias. O número pesou sobre as estimativas para o crescimento global, reduzidas em 0,2 ponto porcentual tanto para 2016 quanto para 2017, respectivamente para 3,4% e 3,6%. (B3)

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Folha de S. Paulo

Manchete : Previsões sobre alta de juros mudam após nota deTombini

Chefe do Banco Central comenta análise do FMI acerca do Brasil na véspera de decisão sobre Selic

Na véspera da decisão do Banco Central sobre a Selic, taxa de juros básica do país, o presidente da instituição, Alexandre Tombini, soltou nota que gerou surpresa e críticas no mercado e alterou as previsões a respeito do rumo da política monetária. Após Tombini considerar “significativas” as novas projeções do Fundo Monetário Internacional, que indicam piora na economia brasileira, analistas passaram a prever alta de 0,25 ponto percentual na Selic, hoje de 14,25%, e não mais de 0,50. O FMI projetou um recuo de 3,5% neste ano para o Brasil, e Tombini disse que “todas as informações relevantes e disponíveis” serão consideradas até a reunião na qual o Copom (Comitê de Política Monetária) anunciará a decisão referente à taxa. Segundo especialistas, o BC, que tradicionalmente não se pronuncia em dias de encontro do Copom, buscou pretexto para adotar posição alinhada com a do Planalto. O governo prefere manter os juros inalterados para evitar mais recessão econômica. O BC diz que não violou regra escrita e que agiu diante de fato inédito, a drástica revisão das projeções de crescimento do país pelo FMI. Para o órgão internacional, a crise no Brasil prejudicará o avanço da economia global em 2016. (Mercado A15)

Petros veta plano para recuperar empresa de sondas

A Petros, fundo de pensão da Petrobras, vetou a proposta de levar a Sete Brasil à recuperação judicial. A empresa, criada pela própria estatal para construir sondas do pré-sal, deve atualmente R$14 bilhões a bancos. Diante da negativa, os acionistas voltarão a discutir o assunto em 30 dias. (Mercado A19)

Investigação sobre morte de Campos aponta falha dos pilotos

A Aeronáutica concluiu que o avião que levava o ex-governador de Pernambuco e então candidato à Presidência Eduardo Campos caiu devido à desorientação e à falta de habilidade dos pilotos, que ignoraram as orientações de pouso em condições adversas. Campos e outras seis pessoas morreram no acidente, em agosto de 2014. (Poder A8)

Foto-legenda : Espera

Temendo ação de ‘black blocs’, shopping em SP fecha as portas durante ato contra alta da tarifa de transporte; duas pessoas foram detidas (Cotidiano B13)

Em despacho, Moro diz que Lava Jato é ‘marcha para frente’ (Poder A6)

Análise confirma que o vírus zika tem capacidade de cruzar a placenta (Ciência B4)

OAB e indústrias atacam Dilma contra elevação de impostos (Poder A7)

Vinícius Torres Freire

Pretexto usado para a mudança de rota é bisonho

Ao avisar por onde e em que ritmo vai, o BC evita acidentes e, se tem crédito, até faz seu trabalho com menos custo (menos juros). Dizia até anteontem que estava indo por um caminho. Ontem, sugeriu que talvez não vá, com pretexto bisonho. (Mercado A18)

Alexandre Schwartsman

Estratégia do BC o pôs em ratoeira da qual não sabe sair

Incapaz de se comprometer com a queda rápida da inflação, só resta ao Banco Central continuar com a estratégia gradualista. Isso torna o combate mais difícil hoje do que era no passado. O BC se colocou na ratoeira e não faz ideia de como fazer para escapar dela. (Mercado A20)

Editoriais

Leia “BC emparedado”, a respeito de dilemas da política de juros, e “Marina, a esfinge”, acerca de declarações da ex-ministra do Meio Ambiente. (Opinião A2).

Redação