Luiz Couto defende proibição de venda de refrigerantes em escolas

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refrigeranteA venda de refrigerantes nas escolas públicas ou privadas pode ser proibida. Um projeto de lei com a medida será analisado pelo Plenário da Câmara (PL 1755/07). Relator em uma das comissões que aprovou a proposta, o deputado Luiz Couto (PT-PB) defendeu a proibição tendo em vista os riscos relacionados ao excesso de consumo de bebidas açucaradas e o aumento dos casos de sobrepeso e de obesidade entre crianças e adolescentes. Couto lembrou ainda que a legislação (Lei 11.947/09) já determina que a merenda escolar deve observar o emprego da alimentação saudável e adequada e usar alimentos variados e seguros, mas ainda assim a proposta levou dez anos para ser aprovada nas comissões e enfrentou muita resistência.

“Ele, desde 2007, está aqui para ser votado. Foi toda uma pressão para que fosse retirado de pauta para apresentar novas propostas, para ter emendas e não podia mais. Porque ele é muito importante para saúde de nossas crianças e adolescentes, porque queremos que elas sejam bem alimentadas nas escolas, tanto públicas, como privadas. Nós verificamos que crianças deixam o suco para tomar o refrigerante, achando que aquilo é muito bom, mas com o tempo a sua saúde é debilitada, pode se tornar um obeso ou mesmo com problemas de saúde, como a diabetes”, ponderou o parlamentar paraibano.

A nutricionista Fabiana Lopes Nalon elogiou a proposta. Ela informou que o refrigerante é um alimento com a chamada caloria vazia por não ter nutrientes, mas valor de mais de uma caloria por ml. Ela considera urgente a proibição da venda do produto nas escolas para estimular novos hábitos nas crianças e adolescentes.

“Em alimentação tudo é hábito adquirido. São comportamentos diários que vão formar hábitos alimentares. Então, na medida que ele não tem aquilo como opção alimentar, acredita-se que menos ele vai desejar, menos ele vai gostar, até porque o paladar da gente é condicionado, então, se você bebe muito refrigerante você vai se acostumando com aquele ácido, com aquele doce e se você quase nunca bebe, não vai ter essa preferência”.

O refrigerante ocupa o sexto lugar na lista dos 20 alimentos mais consumidos por adolescentes brasileiros, à frente de hortaliças, frutas e leite. Os dados fazem parte do Estudo de Riscos Cardiovasculares em Adolescentes, realizado pelo Ministério da Saúde em parceria com a Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) e divulgado no ano passado. Mais de 80% dos jovens consomem sódio, uma das substâncias presentes nos refrigerantes, acima dos limites máximos recomendados.

Agência Câmara