Disputa política prejudica servidores, vereadores e fornecedores da Câmara de Picuí-PB
Por - em 6 anos atrás 1836
A disputa entre os Poderes Executivo e Legislativo no município de Picuí, Seridó paraibano, pode afetar servidores, vereadores, prestadores de serviço e fornecedores da Câmara Municipal.
O fato é que sem dotação orçamentária para o mês de dezembro, o presidente da Câmara não pode utilizar os recursos creditados em conta na ordem de R$127 mil.
Segundo o presidente do Legislativo Municipal de Picuí, vereador Aldemir Macedo (PTdoB), o dinheiro da Câmara encontra-se em conta desde o dia 20 de dezembro, porem falta o Prefeito Olivânio Remígio (PT), assinar e publicar o Decreto autorizando a suplementação de dotação orçamentária, para efetuar os pagamentos devidos.
O problema é que o prefeito tenta negociar o aumento de suplementação de 5% para 35% no orçamento de 2018, pois segundo ele do jeito que está à gestão fica engessada e dependendo da oposição.
O fato
No segundo semestre de 2016 o então prefeito Acácio Araújo (DEM), sancionou e publicou o orçamento encaminhado pela Câmara de 1,4 milhões, só que os recursos da repatriação chegaram no ultimo dia de sua administração e não deu mais tempo suplementar a Lei para cerca de 1,5 milhões. Resultado, agora o Legislativo Municipal se encontra com o dinheiro em conta sem poder utilizar, salvo se o prefeito Olivânio assinar e publicar o decreto autorizando.
Essa briga paroquial existente entre Executivo e Legislativo na terra da carne de sol e do picolé caseiro, pode trazer sérios prejuízos para o município, uma vez que a Gestão Municipal vai precisar de autorização da Câmara para suplementar recurso proveniente de emendas orçamentárias durante o ano de 2018, a exemplo da Construção da UBS da Vila de Santa Luzia do Seridó e da Quadra do Bairro Pedro Salustino que se encontra pronta, porem impossibilitado de ser efetuado pagamento a empresa responsável pela conclusão do logradouro público por falta de complementação orçamentária.
O ex-deputado Armando Abílio sempre dizia que a política é a arma de se resolver problemas através do diálogo e não de se criar problema. Seria interessante que neste Natal, a fumaça branca voltasse a reinar entre os poderes da capital do Seridó paraibano, com vistas a um Picuí harmônico, desenvolvido e legal como sua gente. Mas para que isso aconteça ambos os lados tem que ceder para o bem da população que na maioria das vezes fica prejudicada.
O poder é passageiro e transitório. Picuí é maior que a disputa política e as brigas paroquiais. É preciso diálogo, bom senso e harmonia entre os dois grandes líderes políticos picuiense que comandam os poderes constituídos do município.
Portal do Curimataú