Flamengo empata com o Internacional e vai as semi finais da competição

Por - em 5 anos atrás 406

Classificou e convenceu. Jorge Jesus foi direto e reto ao analisar a vaga do Flamengo na semifinal da Libertadores da América, após 35 anos: passou o melhor. Em leitura de todos os 180 minutos do confronto, o português enumerou qualidades de sua equipe e avaliou que o 1 a 1 com o Inter, nesta quarta, no Beira-Rio, fez justiça.

JJ até lamentou as oportunidades desperdiçadas no primeiro tempo, admitiu que o Inter soube se impor na etapa final, mas viu um Flamengo maduro para controlar o ímpeto gaúcho e carimbar a classificação:

– Durante os 90 minutos, fomos a melhor equipe lá, sem dúvida nenhuma. Primeira parte fantástica, acabamos por não concretizar lances na cara do goleiro, mas, para além das oportunidades de gol, foi uma equipe muito segura. Se olharem para o jogo, não se lembra de uma oportunidade de gol do Inter, só bola parada. O Flamengo nestas decisões tem que ser uma equipe que não pode perder tantas chances, mas valeu. No segundo tempo, com as modificações do Inter, nosso corredor central começou a ficar desequilibrado. O D’Alessandro começou a enfiar a bola com muita facilidade, até eu modificar e mexer. A partir daí, voltamos por cima.

“Fomos a melhor equipe. Somos melhor equipe. Os jogadores estão de parabéns”

Com a vaga garantida, o Flamengo tem pela frente o Grêmio na semifinal da Libertadores, dia 2, na Arena, e dia 23, no Maracanã. Agora, o foco volta ao Brasileirão, onde o Rubro-Negro é líder com 33 pontos. Domingo, às 16h (de Brasília), tem confronto direto com o Palmeiras, pela 17ª rodada.

Confira a íntegra da coletiva:Jorge Jesus comemora classificação no Beira-Rio  — Foto: Wesley Santos/Agência PressDigital

Estratégia

“A movimentação da nossa equipe na recuperação da bola foi muito bem organizada. Sempre que a gente recuperava tinha vantagem de espaço e número para puxar contra-ataque. Puxamos várias vezes na primeira parte, o Gabi teve na cara do goleiro. A movimentação do Everton e Arrascaeta embaralhou um pouco a equipe do Inter, isso para mim foi o segredo. Na segunda parte o técnico do Inter viu bem e modificou, com as substituições ele começou a ter superioridade até a gente mexer novamente na equipe”

Grêmio

“A próxima eliminatória vai levar tempo, estou pensando no Palmeiras”

Jejum de 35 anos

“É importante para qualquer time passar para as finais, seja de Libertadores, Champions… Também é nosso objetivo, trabalhamos para isso. Mas não ganhamos nada, só passamos em uma eliminatória. Temos objetivo que é chegar à final. Passo a passo, faltam dois jogos. Continuamos serenos, conscientes das dificuldades, humildes. E desfrutar um pouco dessa passagem com a torcida. A partir do momento que cheguei, essa eliminatória foi mais um passo que demos para estar na final. Nada mais que isso”

Dimensão da classificação

“Estou na maior torcida do mundo. Pode ver caso algum clube tenha tantos torcedores, tanta paixão. A sensação é boa, é um dos grandes sonhos do clube, da torcida, e demos um passo, nada mais que isso. Faltam outros passos para chegar à final. Queremos muito estar no Chile, mas percebemos que não é fácil. O próximo adversário tem mais experiência do que nós em relação a isso, já estiveram várias vezes lá”

Libertadores x Champions

“Nenhuma. A paixão nestes jogos é muito maior. Na Europa os estádios são cheios, mas a torcida não tem o calor do jogo como aqui no Brasil. A paixão deles, respeitando adversários, uns aos outros… Isso que é bonito”

Grêmio é o melhor do Brasil?

“Aceito a opinião do treinador do Grêmio, é a opinião dele. Se falarmos no Campeonato (Brasileiro), não é, né? Quem joga melhor é quem vai à frente. Não há quem joga melhor e esteja atrás. Na Libertadores, aí sim, e na Copa do Brasil também. Mas jogar melhor é subjetivo. Uma coisa é jogar bonito, outra é melhor. Mas aceito a opinião dele. Para mim, o melhor futebol é do Flamengo”

Cuéllar

“Ele voltou e teve dois dias conosco. É um jogador do clube, que a equipe e os colegas aceitaram o seu regresso. Nessa altura o mais importante é pensar nos interesses do Flamengo. Pelo fato de o Arão estar fora, era muito importante ter a opção. E ele jogou. O resto é problema da direção, não é comigo. Sou treinador, tenho liberdade para tomar minhas decisões, sem ter interferência de ninguém. Quem decide sou eu em relação aos jogadores, mas o resto é da administração”

G1