Diretor do BC afirma que teto de gastos é decisivo para juros baixos e inflação baixa

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O diretor Bruno Serra, de Política Monetária do Banco Central (BC), declarou nesta sexta-feira (14) que manter o teto de gastos é decisivo para que o país continue avançando no mesmo patamar obtido nos últimos anos pela política monetária. Com isso, os juros e a inflação vão permanecer com índices baixos no Brasil.

“É decisivo para manter os avanços que conseguimos no lado da política monetária, de conseguirmos trabalhar com juros tão baixos por conta da inflação estar alinhada com a meta. É decisivo. E seria bastante complicado sair desse regime”, avisou Bruno Serra, em live nesta sexta-feira (14/08) realizada pelo Credit Suisse.

Ele ainda lembrou que o Brasil “já viu as consequências de não ter um regime fiscal de pé”, quando expandiu os gastos públicos de forma desenfreada e, por conta disso, acabou entrando em um ciclo de queda da atividade econômica e alta da inflação e dos juros.

De acordo com Serra, até o câmbio pode ficar menos volátil quando o investidor tiver a certeza de que o Brasil vai retomar o ajuste fiscal após a pandemia do novo coronavírus. Ele lembrou também que a covid-19 exigiu a ampliação dos gastos públicos e a consequente deterioração do lado fiscal. E disse que é natural que as variáveis de risco, como a volatilidade do câmbio, reflitam essa situação. Mas acredita que essa volatilidade pode ser resolvida após a reorganização da trajetória fiscal.

 “Se resolvermos os problemas mais fundamentais, como passar a pandemia e ficar claro que estamos retomando a trajetória de crescimento econômico, com arcabouço fiscal, o mínimo é um nível de trajetória convergente com o tempo, tenho a impressão de que a volatilidade vai se normalizar”, acrescentou.

Redação