Em Desterro-PB vereador deve ser cassado por cumprir o papel de fiscal do dinheiro do povo

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A Câmara Municipal de Desterro, Médio Sertão paraibano, deve votar nesta sexta-feira (11), o afastamento do vereador, Biga Campos (Cidadania).

Biga está sendo vítima de perseguição política, pois é um parlamentar que cumpre a risca o papel conferido por 410 eleitores em 2020 de fiscalizador da correta aplicação dos recursos públicos no âmbito Municipal.

Destemido, o edil fez diversas denúncias aos órgãos de controle contra a gestão Municipal, sob o comando do atual prefeito, Sinhô (Republicanos).

O cabedal de denúncias com fortes indícios de mal utilização do dinheiro do povo é grande, e vai de fraude em licitações, rombo na Previdência Municipal a problemas verificados em obras.

Segundo Biga, as denúncias foram levadas através do seu mandato, ao conhecimento do Tribunal de Contas do Estado da Paraíba (TCE-PB) e Ministério Público Federal (MPF).

As articulações da situação na tentativa de atrair o vereador para o bloco de sustentação ao prefeito, se mostraram infrutíferas, pois Biga não abre mão de suas convicções e afirma que o seu lugar é na oposição, pois foi a missão recebida dos eleitores.

Por isso, o bloco do prefeito no legislativo deu início a um verdadeiro tribunal de exceção, desrespeitando regras básicas do devido processo legal, consagradas na Constituição Federal de 1988, que dá direito ao contraditório e a ampla defesa, abriu um processo de cassação do combate de vereador, baseado em um vídeo da legislatura anterior (2017 – 2020), onde durante uma sessão, Biga bateu boca com um vereador, Odilon Simões, que atualmente é vice-prefeito e seu aliado.

“Além de ser um caso da legislatura anterior, não houve agressão. Foi uma simples discussão, normal em um parlamento onde se debate ideias antagônicas”, afirma o vereador perseguido. Veja o vídeo AQUI.

Além disso, a situação usa uma parte do discurso de Biga e afirma que ele estava incentivando a população a furtar água de uma adutora.

“Tudo conversa pra boi dormir, pois em momento algum do meu discurso, feito da tribuna, onde trio inviolabilidade no âmbito do município, eu incentivo o furto de água”, pontua Biga.

Diante de tudo isso, Biga diz que já sabe o resultado da votação pelo seu afastamento na sessão desta sexta-feira e garante que vai buscar os seus direitos perante a Justiça comum.

Redação com Heleno Lima

 

 

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