Em Cuité-PB, vereadores de oposição se negam a autorizar suplementação orçamentária e município paralisa obras e ações

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A ‘queda de braço’ vivenciada nas últimas semanas em Cuité, Curimataú paraibano, entre o prefeito Charles Camaraense (PPS), e a Câmara de Vereadores do município, vem afetando diretamente a população com a paralisação de obras e serviços.

O fato é que os vereadores de oposição, maioria no Legislativo Municipal, se negam a votar um pedido de suplementação orçamentária no valor de 13 milhões com o objetivo de remanejar o orçamento existente. Sem esta autorização o chefe da edilidade cuiteense fica sem orçamento e impossibilitado de realizar despesas com obras, serviços e ações nas mais diversas áreas.

Nesta segunda-feira (23), a população de Cuité, que vivencia as festividades de sua Padroeira Nossa Senhora das Mercês, assistiu perplexa a frota de máquinas e veículos parados em frente à Câmara Municipal, um protesto do Poder Executivo pela falta de orçamento no município para determinados setores.

Por sua vez, a Câmara com faixa e pano preto exposto na frente de sua sede, realiza suas sessões legislativas a portas fechadas, sob o argumento de falta de segurança para os seus legisladores mirins de oposição.

De acordo com informações do chefe da edilidade cuiteense, caso os vereadores (de oposição) não votem a suplementação orçamentária solicitada, a Prefeitura mesmo com dinheiro em caixa, será obrigada a paralisar serviços básicos de atendimento nas áreas de saúde, educação, desenvolvimento social e infraestrutura.

“Já paramos a reforma de Creches, paralisação de pavimentação em andamento e a iniciar, melhoria das estradas vicinais do município, limpeza e construções de barreiros, e em breve, com a finalização do orçamento da atenção básica, infelizmente em pouco tempo iremos fechar todas as unidades de saúde do município”. Disse de forma constrangida o prefeito.

Segundo Charles, esses mesmos vereadores autorizaram a ex-prefeita Euda Fabiana, comandante de seu grupo, a remanejar até 50% a Lei Orçamentária que fixa receita e despesa do município e agora só permitiram 7% do montante, como forma de engessar a sua Gestão.

“A prefeitura tem dinheiro em caixa, e não queremos recursos extras, mas por falta dessa autorização orçamentária que não foi votada pela Câmara de Vereadores, não podemos movimentar a verba.” Explicou o Prefeito, que já recorreu à justiça e ao TCE-PB com vista a soluções urgente do caso em tela.

Diante do impasse, quem está pagando a conta é a população cuiteense prejudicada com a disputa da política paroquial na terra de seu Jeremias Venâncio e Jovino Pereira.

Os habitantes da pacata Cuité, prejudicada com tal situação, assiste com apreensão essa disputa política sem fim dos seus líderes que prejudica diretamente o desenvolvimento sócio econômico da capital do Curimataú.

O povo é sábio e certamente darão o troco nas urnas nas eleições do próximo ano aos responsáveis pelo caos instalado.

Portal do Curimataú